Sobe os mortos por gripe suína no País

Segundo a secretaria de Passo Fundo, as duas mortes contabilizadas nesta quinta são de adultos

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As Secretarias de Saúde dos municípios de Passo Fundo e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, confirmaram, nesta quinta-feira (16), a morte de mais quatro pessoas devido à nova gripe. Em todo o país, já são 11 casos confirmados.

Segundo a secretaria de Passo Fundo, as duas mortes contabilizadas nesta quinta são de adultos. O governo estadual informou que um comerciante de 42 anos, que era hipertenso morreu em 8 de julho. O outro paciente era um garçom, de 30 anos, que também tinha histórico de hipertensão.

No total, três mortes foram confirmadas na cidade. A outra vítima foi um caminhoneiro de 29 anos, de Erechim (RS), que foi considerado como a primeira morte do país. Ele teria sido contaminado na Argentina e estava internado no município.

O secretário de Saúde de Santa Maria, José Haidar Farrett, disse ao G1 que dois homens, de 26 anos e 36 anos, que estavam internados no Hospital Universitário, morreram. Ele contou que o primeiro paciente foi internado na sexta-feira (10) e morreu no domingo (12); o outro ficou quatro dias na unidade de saúde e faleceu na semana passada. Os exames que confirmaram o diagnóstico, feitos pela Fiocruz, chegaram nesta quinta-feira.

De acordo com Farrett, o paciente de 26 anos trabalhava como vigilante em uma boate e teria informado que viajou para o Uruguai. A mãe dele, entretanto, teria negado essa informação. A outra vítima seria um funcionário de hospital.

Farrett disse ainda que "de quatro a cinco" pessoas com suspeita da doença permanecem internadas em Santa Maria. Uma adolescente de São Gabriel (RS), que já teve o diagnóstico confirmado, continua no Hospital Universitário, e segue em situação estável, segundo o secretário.

NESTA QUINTA

Só nesta quinta-feira, foram anunciadas cinco mortes de pacientes com a doença no Rio Grande do Sul. Nesta manhã, a Prefeitura de Uruguaiana comunicou o óbito de um paciente com a mesma doença: um caminhoneiro de 35 anos que estava na Santa Casa da cidade.

Também nesta quinta, foram confirmados mais casos, em Osasco (SP) e no Rio de Janeiro.

OUTROS CASOS

A primeira vítima da doença no Brasil foi o caminhoneiro que estava internado em Passo Fundo, que morreu em 28 de junho. Na última sexta-feira (10), foi confirmada a morte de uma menina moradora de Osasco, em São Paulo.

A terceira morte foi anunciada na segunda-feira (13): um menino de 9 anos, morador da cidade de Sapucaia do Sul (RS). Ele morreu em 5 de julho, em Porto Alegre, mas o resultado da análise laboratorial que confirma a contaminação só saiu na segunda-feira (13).

Em São Paulo, a segunda morte no estado foi confirmada na terça-feira (14). Trata-se de um homem de 28 anos, que passou a apresentar febre, dor de cabeça, náusea, vômito, tosse e congestão nasal em 1º de julho, no Hospital de Clínicas de Botucatu. Ele procurou o serviço médico no sábado, 4 de julho, quando foi internado. No dia 7, o quadro clínico se agravou e ele morreu três dias depois, na sexta-feira.

BALANÇO

Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, até quarta-feira (19), foram confirmados 1.075 casos da doença no país. Desse total, 135 eram do Rio Grande do Sul.

Nesta quinta, o ministro José Gomes Temporão afirmou que a situação do Rio Grande do Sul é a que vem inspirando "mais cuidados" das autoridades. Uma equipe do ministério está seguindo para o estado e mais mil tratamentos serão encaminhados às unidades de saúde.

Temporão disse ainda que foi identificado um caso de transmissão sustentada em São Paulo. Isso significa que o vírus circula no país. Trata-se de uma criança que morreu em 30 de junho. Agora, a Secretaria Estadual de Saúde informou que não havia vínculo desta pessoa com alguém que veio do exterior.

Apesar do aumento no número de registros, o ministro declarou que "não há nenhum motivo para pânico". A recomendação é para evitar viagens para países com transmissão sustentada contínua.

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