Snacks (ou lanches, em português) são petiscos que se popularizaram como formas muito eficazes de manter a saciedade ao longo do dia, já que estabilizam o nível de açúcar no sangue. Mas será que todos apresentam essa função? Quando feitos com ingredientes saudáveis e nutritivos, a resposta é sim. E ainda podem evitar o exagero nas refeições principais e ajudar a equilibrar os níveis de energia ao longo do dia.
Hoje, são inúmeros os snacks nas prateleiras das lojas de produtos naturais e supermercados. Porém, sabemos que nem todos são iguais e nem todo mundo está atento aos rótulos.
Características de um bom snack: saudável e nutritivo
Para um snack ser considerado saudável, é importante que ele não contenha açúcar, e ainda tenha pouco sal e gordura saturada.
Muitos deles se apresentam como “saudáveis”, “lights”, “zero açúcar” na embalagem, mas, muitas vezes, mesmo com poucas calorias, estão repletos de ingredientes vazios e substitutos ao açúcar nem tão saudáveis assim.
De acordo com a nutricionista Anne Albano, fibras e proteínas são ótimos componentes para um snack ideal, além de boas fontes de gordura, como o azeite de oliva e a linhaça. “O consumo de alimentos leves e nutritivos entre as refeições é importante para garantir a saciedade e também evitar oscilações de humor”, reforça.
Aprendendo a decifrar o rótulo dos produtos
A tabela nutricional e a lista de ingredientes dos produtos normalmente estão no verso da embalagem, e é ali que os alimentos mostram se são realmente saudáveis ou não. Geralmente, a tabela nutricional está dividida em: porção, nutrientes declarados e percentual do valor diário.
A porção é a quantidade média do alimento que deve ser consumida por dia, enquanto o percentual do valor diário (frequentemente indicado como “VD”), sugere a ingestão diária recomendada de cada item para a nutrição de uma pessoa adulta e saudável. Esses valores foram elaborados pelo Ministério da Agricultura a partir de dados da Organização Mundial da Saúde, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e do Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Os principais nutrientes declarados da tabela nutricional normalmente são: valor energético (ou calorias), carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibras alimentares, sódio, vitaminas e minerais, entre outros. Desses, fuja das gorduras trans e de grandes quantidades de açúcar ou substitutos artificiais.
Segundo a nutricionista Anne Albano, “a lista de ingredientes é outra forma de avaliar a composição dos alimentos, não só para entender a composição mas, principalmente, para poder avaliar a proporção entre eles.” De acordo com a RDC 259-2002, da Anvisa, os ingredientes devem constar em ordem decrescente de sua proporção na formulação do alimento, ou seja, se o primeiro ingrediente da lista é “açúcar”, esse é o componente em maior quantidade no produto.