Situação financeira do IFPI é crítica

Reitor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), professor Paulo Henrique Gomes de Lima concedeu entrevista à Rádio Jornal Meio Norte

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Os cortes nas verbas para a Educação, propostos pelo Governo Federal têm repercutido bastante entre reitores, diretores, professores, alunos de universidades e institutos federais de todo o Brasil e sociedade de modo geral. O que se percebe é uma grande preocupação com o futuro dessas instituições, caso as verbas sejam realmente cortadas.

Para o Reitor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), professor Paulo Henrique Gomes de Lima, o corte traz um prejuízo muito grande, tendo em vista que trata-se de despesas já contratadas. "Não estamos falando de construção, de ampliação, de melhoria de equipamentos, estamos falando de custeio, funcionamento do dia a dia da instituição. É água, energia, telefone, limpeza, vigilância. São esses serviços dos quais os recursos que estão bloqueados, são os que irão comprometer esses serviços", explica Paulo Henrique, que concedeu entrevista nesta terça-feira (21) ao Programa 'Fogo Cruzado', na Rádio Jornal Meio Norte.

Crédito: Lindalva Miranda

Ele reforça que sua preocupação é pelo fato de a instituição já possuir contratos com as empresas terceirizadas e que prestam serviços de vigilância, assim como as empresas que prestam serviços de água e telefonia. De acordo com o reitor, o que está ameaçado, nesse momento, é a continuidade desses serviços. Ou seja, mantido o bloqueio, ele diz que o IFPI não terá como arcar com o pagamento dessas despesas.

Paulo Henrique acredita que se não houver, por parte do Governo, a liberação de limites orçamentários, ou seja a autorização para que a instituição pague por esses serviços, a instituição, que só tem autorização até o próximo mês de junho, ficará prejudicada, a partir daí.

"Estamos aguardando uma sinalização do Governo, tendo em vista que se não houver a disponibilidade dos empenhos, não teremos como pagar esses serviços".

Paulo Henrique diz também que não tem como essas verbas serem retiradas de outros 'fundos', já que a instituição trabalha, diretamente, com recursos do Governo Federal. "Toda nossa origem de recursos é exclusivamente do orçamento do Governo. Toda nossa despesa é custeada com recursos do MEC. Nós não temos outra fonte", diz o reitor, acrescentando que o orçamento previsto para o custeio dessas despesas é em torno de R$ 49 milhões, por ano, e desse total, dezoito e meio desse percentual estão bloqueados", finaliza.

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