O sistema Fecomércio Sesc/Senac ganhou nova sede administrativa e o novo prédio vai homenagear um empresário que segundo o presidente do sistema Fecomércio, Valdeci Cavalcante, é um exemplo par a classe: Agostinho Pinto. Valdeci Cavalcante explicou que a homenagem foi para mostrar o valor que possui o empresário, principalmente na geração de desenvolvimento para o Piauí.
?Ele é um nome de muito valor, que cumpriu um papel social muito importante. Ele sempre foi um grande pagador de impostos, gerador de renda, contribuindo para o Sesc e Senac na realização dos nossos projetos?, comenta Valdeci Cavalcante sobre Agostinho Pinto. A nova sede que vai levar o nome do empresário tem 3.841 m² de área construída distribuídas entre estrutura administrativa e um moderno auditório, salas de reuniões, além de um Centro Cultural, com capacidade para 500 pessoas e completamente equipado com material audiovisual de última geração.
?Há algum tempo sentimos a necessidade de centralizar nossas ações, principalmente, a parte administrativa. Com isso, além de uma melhor estrutura organizacional, vamos dar condições para ampliar todos os serviços oferecidos tanto pelo Sesc como pelo Senac. Agora, os espaços antes destinados a estas áreas administrativas serão melhor aproveitados para desenvolvimento de atividades voltados para sociedade?, disse o presidente do Sistema Fecomércio, Valdeci Cavalcante.
Para Valdeci Cavalcante é importante homenagear um empresário como Agostinho Pinto porque o seu legado já demonstra que ele foi capaz de transformar vidas. ?Mais lojas são para gerar mais empregos e mais renda na cidade. Ele foi um empresário que ia deitar tarde e levantar cedo e por isso merece sempre as nossas homenagens?, ressaltou o presidente da Fecomércio acrescentando que com a nova sede os atendimentos do Senac passem de 36 mil alunos para 40 mil alunos nos vários cursos oferecidos pelo sistema.
Esse ano serão implementados novos cursos técnicos para o Senac, assim como várias pós- graduações. Outra novidade são duas carretas, uma na área de informática e gestão e outra na área de turismo e hotelaria. Valdeci Cavalcante comenta que estes avanços são a representação de empresários que lutam pelo crescimento do Estado. ?O seu Agostinho sempre foi um nome admirável tanto pelas suas empresas como pela presença social que elas desempenham, agora conduzida pelos seus filhos?, comentou o presidente da Fecomércio.
O empresário Agostinho Pinto, homenageado em nome dos empresários piauienses nasceu na cidade de São Pedro do Sul, em Portugal. A cidade é próxima a Porto, mas era sempre lembrada pelo empresário no mapa de Portugal que ele conservava em seu escritório junto com o diploma de cidadão honorário do Piauí, segundo seus colaboradores.
Na vida em terras portuguesas ele começou o aprendizado que colocaria em prática no Brasil. Em 1936, enquanto na vizinha Espanha a Guerra Civil produzia horrores, Agostinho Pinto iniciava uma longa caminhada para ser empresário. Foi ser ?praticante de caixeiro? numa loja de tecidos. Salário ele não receberia durante um ano e meio. Era como se estivesse numa escola. ?Normalmente, ficava-se três anos sem receber salários, era aprendizado. Se tivesse pago uma escola não teria aprendido tanto. O que aprendi foi por conta própria, porque sempre gostei de ler muito.?, contou Agostinho uma vez sobre a experiência.
O empresário veio para o Brasil em 1950 através do Porto de Manaus e posteriormente Rio de Janeiro. Começou a trabalhar por aqui vendendo produtos para o Norte do Brasil, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Ele chegou a viajar pela ferrovia Madeira-Mamoré e percorrer 20 mil quilômetros em viagens que duravam até 120 dias nas quais ele aprendeu como funcionava o comércio no Brasil e porque instalar-se em Teresina. Agostinho gostou da cidade e também pelo fato de que aqui não havia uma casa especializada em artigos de armarinho e aviamentos para roupas. ?Na época todo mundo fazia roupas?, contou certa vez o empresário, recordando também que não havia calçamento na maior parte das ruas da cidade.
Em sua trajetória na capital, Agostinho Pinto foi presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e como presidente da entidade defendeu a livre iniciativa, a organização do Estado para que o comércio ficasse mais forte e promoveu grandes encontros para a qualificação dos lojistas teresinenses.