Sindicato critica ameaça de fechamento do Hospital São Marcos

O presidente da entidade, Erick Riccely, aponta que não é a primeira vez que o hospital fala em encerrar os atendimentos aos pacientes com câncer

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O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi), por meio de seu presidente, Erick Riccely, contesta a fala da direção do Hospital São Marcos em anunciar a falta de recursos para arcar com o novo piso salarial dos Enfermeiros e acredita que a unidade de saúde deveria ter cautela ao fazer esse tipo de pronunciamento  já que afeta milhares de pessoas. 

Na quinta-feira (18), a Associação Piauiense de Combate ao Câncer Alcenor Almeida (APCCAA) anunciou a possibilidade do Hospital São Marcos, referência no tratamento contra o câncer no Piauí, encerrar suas atividades.

Hospital São Marcos anuncia que pode encerrar atividades após quase 70 anos (Foto: Street View) 

Erick Ricelly, repudia o anúncio e afirma que essa não é  a primeira vez que a empresa ameaça fechar as portas e faz um verdadeiro espetáculo. “ Esse tipo de anúncio mexe com a vida de pacientes que já sofrem com uma doença devastadora como o  câncer e também com a rotina dos profissionais que estão receosos de uma demissão em massa. Nós do SENATEPI não acreditamos  que o São Marcos vai fechar, porque não é a primeira vez que fazem esse anúncio. Esse é o terceiro episódio que vemos em menos de um ano”, afirma Erick. 

Ainda segundo Erick Ricelly, desde a Reforma Trabalhista, a categoria sofreu com aumento de jornada de trabalho sem um reajuste salarial adequado. “ Com a reforma trabalhista aumentaram em 50% a jornada sem aumentar o salário. Saiu de 30 ou 36 horas de trabalho para 44 semanais, sem tirar nem um centavo para compensar essas horas a mais. E não se importaram com isso, mas quando diminuem os próprios lucros, acabam colocando a culpa na categoria e deixando a sociedade contra a Enfermagem”, ressaltou. 

Além da situação específica do Hospital São Marcos, Erick Riccely também critica unidades de saúde que tentam burlar a legislação trabalhista assinando a carteira de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem como se eles fossem da parte administrativa ou até mesmo socorristas. “O SENATEPI está acompanhando todos os casos e não vai admitir que os direitos dos profissionais da Enfermagem e da sociedade sejam esquecidos por empresários que só visam o lucro.”, finaliza.

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