Silas Freire pode ser punido por se abster de votar na PEC 241

A direção do PR vai abrir processo disciplinar contra o deputado

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A direção do Partido da República - PR vai abrir processo disciplinar contra o deputado federal Silas Freire (PR), por que ele se absteve na votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que congela os gastos federais. O parlamentar pode receber punições pelo voto de abstenção, uma vez que a orientação do diretório nacional do partido era para que os deputados votassem a favor da medida.

Além de Silas Freire, as deputadas Clarissa Garotinho (PR- -RJ) e Zenaide Maia (PR-RN) também vão sofrer processos administrativos. Elas votaram contra a proposta. “Quando for notificado, vou responder tranquilamente. Vou argumentar que o Governo não conseguiu me convencer de que a proposta é o melhor caminho para melhorar o país. A proposta deve congelar investimentos em saúde e educação por 20 anos. É complicado”, diz o parlamentar.

De acordo com informações veiculadas na Folha de São Paulo, os deputados que enfrentarem processos administrativos, terão suas presenças em comissões temáticas suspensas. Mas segundo Silas Freire, ele ouviu do líder do partido que o caso dele será analisado de forma separada porque ele se absteve, ao contrário das outras parlamentares, que votaram contra a proposta.

“O governo não me convenceu de que a PEC não será prejudicial. No meu modo de ver, eu me abstive porque não acredito que ela não vá prejudicar as camadas mais pobres da população. Então, eu não me convenci, não posso votar a favor. Eu não afrontei o partido, não votei contra e vou me defender. Vou ser ouvido e fazer minha defesa oral no Tribunal de Ética e vou convencer de que não fui favorável à PEC, mas que é preciso entender que piauienses e brasileiros me deram uma atribuição e não me convenci de que o investimento em educação e saúde devam ser suprimidos”, destacou Silas Freire.

O deputado piauiense disse também que não discorda de alguns pontos da PEC e que se a saúde e a educação ficassem de fora, ele até poderia ter votado a favor. Ele acredita que o país precisa de uma reforma fiscal, mas que do modo como entende, não é possível aprovar uma medida que venha a reduzir gastos com saúde e educação.

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