Sexualidade é tema de conversa com mulheres em situação de violência

Sexóloga e ginecologista Andrea Rufino ministrou palestra para mulheres atendidas no Centro de Referência Esperança Garcia

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Sofrer uma violência pode afetar a sexualidade de uma mulher. Pensando nisso, o Centro de Referência Esperança Garcia (CREG) levou na manhã desta quinta-feira (31) a sexóloga e ginecologista Andrea Rufino para falar sobre saúde e sexualidade com as mulheres em situação de violência atendidas pela casa.

Para Andrea Rufino, é importante conhecer as mulheres, saber as demandas, dúvidas e o que mexe com elas quando o assunto é sexualidade. “É preciso saber qual a realidade delas, o que elas querem, quais curiosidades elas têm. E a partir disso ofertar conhecimento, uma reflexão sobre a sexualidade na vida delas, como é vivenciada”, explicou a sexóloga.

 Durante o papo, Rufino desmistificou tabus e falou sobre a importância de conhecer o próprio corpo, inclusive como um meio de se empoderar. “Será que a sexualidade é vivenciada para dar prazer, satisfação, plenitude, ou é um veículo de sofrimento, submissão a um relacionamento que não faz mais sentido? Queremos ajudá-las a ter clareza de como fazer bom uso da sexualidade e como ela pode ser um veículo de empoderamento pessoal”, disse.

 Segundo a psicóloga do CREG, Tanandra Borges, após sofrer uma violência, muitas mulheres se questionam sobre o seu papel enquanto mulher. “A sexualidade vai além do sexo e muitas vezes desenvolver isso é complicado após uma violência doméstica, muitas têm um bloqueio para novos relacionamentos. Muitas também entram em um novo relacionamento sem perceber que vivenciavam uma violência no relacionamento anterior e começam a reproduzir um novo ciclo de violência”, pontuou. 

Tanandra ainda alertou que falar do tema é importante, pois você pode alertar a mulher de que ela vive uma violência sexual que muitas vezes ela nem percebe. “Como muitos agressores são parceiros íntimos, maridos, companheiros, namorados, tem uma relação que muitas vezes pode ser uma violência sexual velada”, finalizou a psicóloga.

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