Semcaspi reforça atenção sobre proteção às famílias indígenas venezuelanas

Desde 2016, o fluxo migratório dos venezuelanos indígenas e não indígenas tem crescido no Brasil e as diversas questões sociais.

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A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) está participando da Capacitação sobre a Proteção e Atendimento às Famílias Venezuelanas, que teve início nesta segunda-feira (27), no auditório da Escola Fazendária. 

A capacitação, que segue até esta terça-feira, (28), reuniu os órgãos competentes no atendimento aos indígenas venezuelanos. 

Semcaspi participa de capacitação sobre proteção às famílias venezuelanas | Foto: Divulgação

A iniciativa é uma idealização da Secretaria Estadual de Educação do Piauí (Seduc), por meio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). O evento reuniu além da Semcaspi, representantes do Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, a Sasc e a Semec. 

De acordo com Allan Cavalcante, secretário da Semcaspi, o atendimento e proteção que os indígenas necessitam é possível ser feito com a união das políticas públicas. 

“A importância de capacitações com estas é muito grande. Tendo em vista que com estas capacitações a gente atende diretamente à necessidade dos trabalhadores que estão no dia a dia com as famílias indígenas e suas adversidades. Desta forma, a gente avança no atendimento das políticas sociais para esta população. As principais demandas dessas famílias são: emprego, educação e moradia e estamos mobilizando os órgãos competentes para sensibilizar os olhares e de fato impactar a vida destas pessoas”, ressaltou. 

Vanusa Nunes, assistente sênior de campo da ACNUR, explica as dificuldades que abrangem o atendimento no acolhimento das famílias indígenas venezuelanas. 

“São muitos os desafios! Para além da barreira linguística, grande parte dessa população não teve acesso ao letramento, além da dificuldade nas barreiras culturais de adaptação, a questão do acesso à saúde por um perspectiva multicultural de atendimento, considerando que além de refugiados e imigrantes eles são indígenas. A educação também é uma dificuldade e o acesso ao trabalho tem suas especificidades que precisam ser consideradas”, cita.  

Barbara Anne, gestora do ensino fundamental da Semec, conta que a capacitação tem como objetivo principal trazer experiências e conhecimento aprofundado sobre os indígenas venezuelanos acolhidos em Teresina. 

Semcaspi participa de capacitação sobre proteção às famílias venezuelanas | Foto: Divulgação

“Essa capacitação faz um elo entre as políticas públicas que cercam essa comunidade. Quanto ao atendimento realizado pela Semec, demos início às aulas com crianças de 6 a 17 anos, em três unidades de ensino na capital. Agora, no ano de 2023, iniciaremos o atendimento das crianças da educação infantil, entre 4 e 6 anos”, destacou. 

AUMENTO DOS INDÍGENAS VENEZUELANOS NO BRASIL

Mônica Silva, analista técnica de políticas sociais do Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, explica que desde 2016, o fluxo migratório dos venezuelanos indígenas e não indígenas tem crescido no Brasil e as diversas questões sociais. 

“O trabalho com estas famílias é bastante complexo, por necessitar de olhares diversos às questões sociais, aos diferentes públicos, às vulnerabilidades, riscos sociais. Tudo isso precisa ser debatido e levado aos diferentes profissionais que atuam com estes públicos. Hoje, eles estão em todas as regiões brasileiras, com todas as suas especificidades, até porque os territórios são diferentes, mas também bastante similares, seja de moradia, acolhimento, alimentação, educação, saúde, benefício social. É preciso ampliar os diálogos, unir as políticas públicas, a fim de combater a crise humanitária”, pontuou.

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