Técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), do Ministério do Meio Ambiente e do Banco Mundial estiveram reunidos na terça-feira (26), para avaliar os resultados já obtidos junto aos municípios que são atendidos pelo Projeto de Redução do Desmatamento e das Queimadas no Piauí (Procerrado), iniciado em abril de 2014. Representantes da Fundação Agente, responsável pela gestão do projeto no Estado, também participaram da reunião.
“O Procerrado é um importante programa de redução dos problemas que o cerrado enfrenta com queimadas e desmatamento. Está sendo executado no Piauí com recursos provenientes do Governo Inglês, oriundos do Banco Mundial (Bird), na ordem de US$ 4 milhões. É coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e a Fundação Agente, entidade não governamental e sem fins lucrativos, é a responsável pela administração financeira dos recursos de doação ao projeto, Contempla os municípios de Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, Currais, Santa Filomena e Palmeira do Piauí, onde se concentram em média 30% de todos os focos de calor para o Estado do Piauí”, explica Carlos Antônio Moura Fé, superintendente de Meio Ambiente da Semar e coordenador do projeto no Piauí.
Além da prevenção e combate às queimadas, o projeto trabalha ainda com um segundo componente, que é a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), processo e regularização ambiental das posses e propriedades rurais de até quatro módulos fiscais. Pelo que foi exposto pela equipe da Semar, em dois anos de execução, o Procerrado já realizou a regularização ambiental rural em 2.427 propriedades, que representa 81,73% (7.769.493 hectares) de um total de 9.506.597 hectares de área passível de cadastro. Nos cinco municípios contemplados pelo projeto, 60 pessoas foram capacitadas para a execução do Cadastro Ambiental Rural.
De acordo com Bernadete Lange, especialista ambiental do Banco Mundial, “o Procerrado/Piauí acelerou a sua implementação, já há resultados efetivos demonstrados, principalmente no que se refere ao CAR. Ainda há um bom caminho pela frente, até dezembro de 2017, quando se encerra o projeto, mas pode-se afirmar que ele está no caminho certo. Vamos agora visitar os municípios contemplados pelo programa, onde estão acontecendo atividades de campo para o Cadastro Ambiental Rural e que terão nos próximos meses atividades de prevenção e combate a incêndios florestais para verificar as parcerias que foram acordadas e os resultados já obtidos”.