O governo brasileiro foi reconhecido internacionalmente por vencer o prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security em reconhecimento aos avanços causados pelo Bolsa Família. A Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA) anunciou ontem (15) o país vencedor, apontando o sucesso do programa no enfrentamento à pobreza e por promover os direitos sociais da população brasileira em condições de vulnerabilidade. A entrega do prêmio foi realizada em Brasília, no auditório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na oportunidade foi revelado um trabalho sobre o programa.
Essa premiação, entregue a cada 3 anos, é destinada a programas e instituições, de acordo com o grau de relevância de sua contribuição. A primeira edição foi dedicada ao Bolsa Família porque o ISSA considerou o programa de transferência de renda como uma experiência valorosa e inovadora na redução da pobreza e promoção da seguridade social.
Durante a solenidade, o presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, revelou um estudo sobre o programa, nomeado de ?Efeitos Macroeconômicos do Programa Bolsa Família: uma análise comparativa das transferências sociais?, que fará parte do livro Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania, a ser lançado no próximo dia 30, na comemoração dos 10 anos do programa.
Na pesquisa foi analisada a Variação Média Anual por Décimos de Renda Per Capita, em que o crescimento da renda real entre 2000 e 2010 constatando que a desigualdade decresceu em mais de 80% dos municípios. Em relação aos índices de pobreza, eles passaram de 6,472 no ano de 2002, passando para -69,285 em 2012.
De acordo com o estudo, o Bolsa Família é responsável por 28% da redução da extrema pobreza dos brasileiros. Isto representa 4 vezes mais que 10 anos anteriores, quando o programa foi implantado. Apontando que caso não existisse o Bolsa Família, a miséria no Brasil elevaria 36%.
Sobre os impactos no Piauí, foi possível constatar através dos gráficos associados ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, que o Estado aparecia entre as regiões com números de desenvolvimento humano mais baixos, entre 0,000 a 0,499 no ano de 2000. Mas em 2012 essa situação teve um impacto positivo, passando majoritariamente 0,500 a 0,599.