Seis corpos foram encontrados, na manhã deste domingo, na Pedra do Anel, na Praia Vermelha, na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro. Um grupo de parentes dos mortos está no local e afirma que eles são traficantes que estavam desaparecidos desde a sexta-feira, quando houve uma troca de tiros no local entre policiais militares e bandidos que fugiam dos morros Chapéu-Mangueira e Babilônia, no Leme, ainda na Zona Sul.
A prima de um dos mortos acusa policiais militares de terem executado o grupo e, depois, jogado os corpos na água. Os cadáveres foram localizados por um grupo de pessoas que saiu a pé do Chapéu-Mangueira e chegou à Praia Vermelha após andar por uma trilha durante duas horas.
“Todos os traficantes que morreram eram do Chapéu-Mangueira. O que sei é que um traficante que conseguiu fugir disse que os policiais do (Batalhão de Polícia de) Choque, na sexta-feira, por volta das 15h, entraram pela mata da Vila Militar e surpreenderam os rapazes. Houve uma intensa troca de tiros e ele se renderam. Os PMs botaram todos de joelhos e dispararam contra as cabeças deles. Logo depois, os militares jogaram todos de uma ribanceira”, conta uma auxiliar de serviços que é prima do traficante Ernâni de Souza Francisco, o Boldinho, de 22 anos, que também foi encontrado morto nas pedras.
Além de Boldinho, foram localizados os corpos de Franklin, o Tinaia; Ângelo, o Foca; Da Coreia; Nathan da Vila Aliança; e HB.
Os parentes acionaram o Corpo de Bombeiros, que começaram a busca na água por volta das 6h50. Atuam no local o quartel do Humaitá e os Grupamentos Marítimos de Botafogo e de Copacabana. Os corpos foram encontrados próximo às pedras, num local de difícil acesso. A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) foi acionada para o local.