Considerando o período de 2017 a 2020, a seca de 2017 foi a mais impactante para os municípios piauienses, conforme as prefeituras. Naquele ano, pelo menos 93 cidades foram atingidas pelo fenômeno, o que acarretou diversas consequências ambientais, financeiras e agrícolas. Os dados foram fornecidos pelas gestões municipais ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2020.
Conforme o levantamento, apenas três municípios piauienses indicaram o ano de 2020 como o mais impactante com relação à seca no estado – em 2018, eram 15 e, em 2019, apenas 7. No Brasil, o ano de 2017 também foi apontado como o mais impactante pela maioria dos municípios atingidos – um total de 1.042. No entanto, 2020 aparece na segunda posição nacionalmente, com 910 cidades.
Entre as consequências sofridas pelos municípios piauienses no ano em que a seca teve maior impacto para cada um, a mais recorrente foi a perda ou redução da produção agrícola. Ao todo, 109 municípios vivenciaram essa situação. Em seguida, aparece a perda de animais (88), as perdas financeiras (84) e as perdas ambientais (60). Áreas de desertificação surgiram em 22 cidades após a seca.
As principais ações adotadas para minimizar o efeito da seca nos municípios foram: construção de poços (93) e distribuição de água em carros-pipa (89). Além disso, 53 cidades construíram açudes 47 providenciaram a construção de cisternas, entre outras ações tomadas.