A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atendeu a estudante Angelita Pinto, de 28 anos, levou 19 minutos para chegar à unidade do Itaim-Bibi das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), na zona sul da capital paulista, onde a aluna morreu dentro da sala de aula depois de passar mal. O tempo é metade do informado pelo marido da vítima, de cerca de 40 minutos, e que vem sendo tomado como base pela polícia para investigar a unidade por omissão de socorro.
A aluna do 1º semestre do curso de Ciências Contábeis tinha arritmia cardíaca e seu marido, José Carlos dos Santos, acusa a instituição de ter impedido o resgate da vítima. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, o prédio não tinha médicos, e inspetores não permitiram que colegas levassem Angelita a um hospital. A jovem esperou das 21h30 às 22h12 pelo socorro, segundo Santos.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o primeiro chamado feito ao Samu foi registrado às 21h46 e a ambulância chegou à faculdade às 22h05, 19 minutos depois. A pasta informa que os bombeiros já estavam no local quando os paramédicos entraram, e que desde a primeira ligação para a central os atendentes passaram orientações sobre como prestar os primeiros socorros. A secretaria não informou qual o tempo médio para se atender a uma ocorrência na cidade de São Paulo nem a origem da viatura empenhada.
O Corpo de Bombeiros foi consultado pela reportagem, mas ainda não informou os horários de chamada e de chegada da ocorrência. O Ministério da Educação (MEC) afirmou que a questão da segurança dentro da faculdade, particular, não é de sua competência.