O advogado Eduardo Faustino, responsável pela defesa de Moaci Moura da Silva Junior, acusado de provocar o acidente que deixou gravemente ferido Jader Cleiton Damasceno e matou os irmãos Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Araújo Júnior, membros do Salve Rainha, pediu relaxamento da prisão requerida pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.
De acordo com o advogado, Moaci está em dia com as determinações legais do processo. “Na sexta-feira mesmo foi certificado que ele compareceu a todos os agendamentos, inclusive o último agendamento, na segunda. Isso está certificado pelo núcleo e a 2ª Vara. Nós pedimos o relaxamento de prisão ainda na sexta, e agora aguardamos apreciação legal”, disse o advogado.
Segundo o advogado, a comoção social pode atrapalhar um andamento jurídico saudável da questão. “A comoção social é natural. As pessoas sentem a ideia de que o poder judiciário deve tomar providências logo. Mas ressalto que esse tipo de sentimento não pode atrapalhar o processo quando não há fundamentação jurídica”, pontua Faustino.
O advogado explica que Moaci não possui nenhuma intenção de fugir. “Nós sempre respeitamos as vítimas, nunca atacamos ninguém no decorrer do processo. Ele está em regime fechado, sem previsão de quanto tempo ficará, enquanto não for revogado o pedido de prisão. Ressalto que ele, o Moaci, não tem nenhuma intenção de evasão para justificar o pedido de prisão preventiva. Estamos obedecendo o andamento do processo”, finaliza Eduardo Faustino.
Juíza pede prisão preventiva
A juíza Maria Zilnar disse que decretou a prisão preventiva de Moaci Júnior porque ele descumpriu medidas cautelares. O acusado apresentou um requerimento para não participar audiência de instrução de julgamento. Moaci Júnior seria ouvido junto com Jader Damasceno e outras três testemunhas.
O pedido de prisão preventiva foi solicitada por Ubiraci Rocha durante a audiência da audiência de instrução, realizada o Tribunal de Justiça, para decidir se o julgamento irá ou não para o Tribunal Popular do Júri.
“O caminho natural é que Moaci Júnior responda por homicídio doloso e que sua condenação sirva de exemplo para coibir consequências graves da imprudência no trânsito”, falou Ubiraci Rocha.
O acidente
Na noite do domingo, dia 26 de junho, o automóvel modelo Corolla conduzido por Moacir Moura da Silva Júnior, de 27 anos, invadiu o sinal vermelho em um dos cruzamentos da Avenida Miguel Rosa em alta velocidade e bateu em um Fusca, causando a morte de Bruno Queiroz e deixando gravemente ferido Francisco das Chagas Junior, irmão de Bruno, que morreu após 30 dias internado, e um amigo, o jornalista Jader Damasceno, 25 anos, gravemente ferido e que ainda está em processo de recuperação.