De acordo com Wilson Roberto Zinnermann, proprietário da oficina de funilaria e pintura SP Center Car, o tipo de reparo a ser realizado é que deve preocupar quem decide eliminar os arranhões. Ele explica que, em geral, os profissionais das concessionárias preferem pintar a peça toda. ?É possível, dependendo do caso, restaurar apenas o ponto afetado, sem necessidade de remover toda a pintura original da peça avariada?, explica. Nesse caso, é feito um retoque com tinta somente na parte atingida. Para que não haja diferença de cor entre o local arranhado e as demais peças, aplica-se uma camada de verniz nas peças vizinhas ? se a porta esquerda foi retocada, por exemplo, a nova camada de verniz é aplicada ao longo de toda a lateral do carro.
A pintura de toda a peça pode ser uma escolha inevitável, dependendo do tamanho do estrago, mas, segundo o especialista, o resultado final pode não ficar exatamente da mesma cor da pintura original. No caso do Sr. João, Zinnermann recomenda o reparo na pintura, até porque o leitor pretende vender seu veículo em 2014. ?Carro com riscos e arranhões não atrai interessados, mas é claro que é preciso escolher bem o tipo de reparo a ser feito e a oficina que irá executar o serviço.?
Em relação à aceitação do mercado, Bruno Carbonari, vendedor da Pró Auto Multimarcas, explica que reparos na pintura, desde que bem feitos, não afastam possíveis compradores. ?O que atrapalha o negócio é um carro com vestígios de colisão, partes amassadas, pontos de solda mal refeitos ou vestígios de aplicação de massa plástica?, explica.
Rodrigo Ferrarezi, que atua no departamento de marketing da WW Auto Shop, tem opinião parecida. ?O reparo na pintura é bem aceito quando realizado por uma oficina que prima pela qualidade de seus serviços. Caso contrário, é melhor o dono do carro deixar os arranhões onde estão.?