O economista Rubem Novaes oficializou nesta segunda-feira (21) sua renúncia à presidência do Banco do Brasil. Ele será substituído por André Brandão, ex-presidente do HSBC.
Em julho, quando Novaes pediu demissão, o BB afirmou que a causa era o entendimento de que o banco "precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário". Novaes foi indicado ao cargo por Guedes em novembro de 2018 e ficou pouco mais de 18 meses no cargo.
"Em conformidade com o § 4º do art. 157 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e com a Instrução CVM nº 358, de 03 de janeiro de 2002, o Banco do Brasil (BB) comunica que o Sr. Rubem de Freitas Novaes entregou ao Exmo. Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro e ao Exmo. Ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB, com efeitos a partir de agosto, em data a ser definida e oportunamente comunicada ao mercado, entendendo que a Companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário", diz o comunicado.
Em agosto, Guedes afirmou que a indicação de Brandão partiu do presidente do Banco Central, Roberto Campos. Embora tenha dito "não conhecer" Brandão pessoalmente, Guedes declarou confiar na recomendação.
Na época, Novaes afirmou em entrevista à CNN Brasil que decidiu deixar o cargo por "não se adaptar à cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília". Ele não quis citar um fato específico e disse que se referia ao ambiente político da capital do país.