RS tem previsão de mais temporais, e Leite faz alerta: 'Não é hora de voltar'

Previsão de chuva vale para esta quarta-feira (8), com impactos até o final de semana. Estado soma 95 mortos

Governador Eduardo Leite e socorristas em barco ajudando vítimas da enchente | Fotos: Reprodução e Lauro Alves/ Secom
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Os meteorologistas do governo do Rio Grande do Sul emitiram um alerta para a chegada de temporais e temperaturas mais baixas no estado a partir desta quarta-feira (8). Prevê-se que a chuva atingirá todas as regiões, acompanhada de raios, granizo e ventos que podem chegar a 100 km/h. Até o momento, o Rio Grande do Sul contabiliza 95 mortes e mais de 100 pessoas desaparecidas devido às enchentes.

RISCO DE NOVAS INUNDAÇÕES: O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que há "projeção de que as chuvas possam gerar novos dias de fortes inundações nessas regiões que já foram atingidas, especialmente Vale do Taquari, a Serra". "Não será a hora de voltar para casa, não será hora de estar nos lugares que foram atingidos", disse.

PESSOAS DESABRIGADAS: Atualmente, 207,8 mil pessoas estão deslocadas de suas residências no Rio Grande do Sul. Destas, 48,8 mil encontram-se em abrigos, enquanto 159 mil estão desalojadas, alojadas temporariamente em residências de familiares ou amigos. O estado registra problemas relacionados ao temporal em 401 dos seus 497 municípios, afetando um total de 1,4 milhão de pessoas.

PERIGO EXTREMO DE TEMPESTADE: A instabilidade climática que desencadeou os temporais persistindo há mais de uma semana no Rio Grande do Sul está agora se deslocando em direção ao Sul do estado. Devido a esse movimento, a Climatempo emite um alerta de "perigo extremo de tempestades" para os municípios nessas regiões.

ESCOAMENTO PREJUDICADO: Devido ao deslocamento dos ventos, que empurram a água da Lagoa dos Patos na direção oposta, predominantemente localizada no Sul do estado, o fluxo de água do Guaíba é afetado negativamente. Esse cenário pode agravar as condições de inundação em Porto Alegre. As bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Gravataí e Sinos convergem suas águas para o Guaíba, localizado na capital, criando uma espécie de estreitamento que retém as enchentes e dificulta o escoamento em direção ao mar.

VERBAS LIBERADAS: O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), divulgou a alocação de R$ 200 milhões em recursos de emergência devido às inundações no estado, distribuídos da seguinte forma: 

  • R$ 70 milhões destinados aos munícipios
  • R$ 50 milhões a 20 mil famílias afetadas no programa "Volta por cima"
  • R$ 10 milhões para hospitais atingidos
  • R$ 40 milhões para recuperação e desobstrução de obras
  • R$ 30 milhões para 75 mil famílias no aluguel social


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