A Organização não Governamental (ONG) - Fraternidade Terapêutica O Amor é a Resposta, inaugurou na tarde de ontem (24) uma sala digital para profissionalização de jovens da periferia do Bairro Vila Ferroviária, na zona Sul de Teresina.
O investimento foi realizado pelo Rotary Club Teresina Piçarra e vai fortalecer as ações da instituição, que desde 2007 atua no combate às drogas oferecendo cursos e profissionalizando jovens.
Para a irmã Rita Furtado, coordenadora da ONG, a sala vai oferecer um papel fundamental, pois será mais uma modalidade de curso aos frequentadores da instituição que atende cerca de 70 crianças e jovens por semana.
A coordenadora afirma que além dos cursos, a sala também vai funcionar como lan house comunitária, onde os moradores vão poder ter acesso à internet gratuitamente e irão fazer serviços como agendamento de documento, tirar segunda via de boletos, realizar pesquisas.
Segundo ela, será feito um trabalho específico com os jovens para tirá-los, cada vez mais, das ruas. "Essa sala veio para nos dizer que estamos avançando e estamos oferecendo um projeto novo", acrescentou.
O Rotary Club Teresina Piçarra implementou a sala digital através do subsídio distrital do Rotary Internacional e doações dos rotarianos associados ao Clube e de empresas que demonstram sua preocupação com o social.
O presidente, Andrade Júnior, disse que a ação de levar acesso à internet para jovens e adultos em situação de risco é muito importante. "Essa comunidade tem um índice de criminalidade muito grande e com a implantação dessa sala nós vamos proporcionar a oportunidade na mudança de vida dessas pessoas", disse.
ONG busca parcerias para conseguir professores
A ONG recebeu a proposta de alguns jovens da comunidade que voluntariamente ofereceram seus serviços para ministrarem cursos básicos do pacote Microsoft de como utilizar Word e Excel e ainda o programa de ilustração gráfica Corel Draw.
Contudo, a coordenadora Rita revela que já entrou com um ofício no Senac para conseguir profissionais e instrutores para ministrarem as aulas aos jovens.
"Temos uma pessoa na instituição só para buscar profissionais que queiram ser voluntários do nosso projeto. Ele vai às escolas, mostra o nosso trabalho e tenta conseguir novos instrutores que ajudem esses jovens a ter uma perspectiva de vida e possam ter uma profissão", afirmou.
A professora, Maria dos Anjos, que é voluntária no projeto Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vida, ressaltou que a chegada dos computadores para os adolescentes da comunidade vai favorecer a comunidade que precisa cada vez mais de capacitação.
"É muito importante participar do projeto, pois nós estamos realizando um trabalho com eles de prepará-los para a vida e me sinto honrada de poder colaborar", disse.