A popularização dos drones fez com que a guerra no Rio de Janeiro chegasse a outros patamares: o céu. A tecnologia virou arma nas mãos dos traficantes com o intuito de monitorar a polícia e facções rivais. Com a possibilidade de cobrir uma grande extensão aérea e sem ser notado com facilidade, as ferramentas são os novos “olhos” do tráfico em favelas como a Serrinha e Vigário Geral.
Por outro lado, eles têm se tornado aliados indispensáveis de agentes públicos e privados de segurança. Nesse meio, quem fica para trás são as polícias Civil e Militar fluminenses, sem investimentos na área.
Do lado da criminalidade carioca, o chefe do tráfico na Serrinha, Walace de Brito Trindade, o Lacosta, foi um dos primeiros a adotá-las. Atual comandante do 41º BPM (Irajá), o tenente-coronel Maurílio Nunes comenta que, há aproximadamente dois anos, quando era do Bope, foi apreendido um controle de drone na favela de Madureira.
No mês passado, a imagem de um drone sobrevoando o Parque das Missões, em Duque de Caxias, chamou a atenção. O veículo aéreo não-tripulado (Vant, como também são conhecidos) seria de Álvaro Malaquias, o Peixão, chefe do tráfico de Parada de Lucas, Vigário Geral e Cidade Alta.