Peritos do Instituto Médico Legal (IML) identificaram o corpo do estudante Gabriel Vila Real da Rocha, de 17 anos, que desapareceu após o ônibus em que ele estava cair no rio Quitandinha, em Petrópolis, durante o temporal que atingiu a região na terça-feira (15). As informações são do portal g1.
A identificação acontece 10 dias depois da chuva forte que deixou mais de 200 mortos e 48 desaparecidos em Petrópolis.
O corpo foi achado dentro do rio na rua Washington Luís, na terça-feira (22). Neste mesmo dia, Leandro Rocha, pai de Gabriel, fez exame para coleta de material genético.
Nesta quinta, as buscas das equipes do Corpo de Bombeiros se concentravam no Morro da Oficina e na Vila Felipe.
Familiares fizeram buscas
Desde o temporal, a família de Gabriel foi incansável nas buscas pelo estudante. Eles contaram com a ajuda de outros voluntários para percorrer a região onde o veículo caiu em direção ao fluxo das águas.
Na segunda (21), um dos pés do tênis que Gabriel estava usando foi encontrado. O calçado foi achado na Rua Washington Luís, próximo do local onde os ônibus desapareceram. Segundo o pai de Gabriel o tênis foi encontrado depois que uma retroescavadeira retirou algumas árvores perto do rio.
“A esperança é a força eu já tenho. Como eu disse, um pai nunca abandona o filho. Eu não vou desistir nunca. Achar [o pé do tenis] me deu a orientação de que eu vou encontrá-lo ainda”, disse Leandro.
Chuva em Petrópolis: número de mortos chega a 208
A chuva catastrófica que atingiu Petrópolis, na Região Serrana do Rio, na última semana já deixou, até a manhã desta quinta-feira (24), pelo menos 208 mortos. Ao menos 48 pessoas ainda estão desaparecidas.
Segundo a Polícia Civil, entre os mortos confirmados estão 124 mulheres e 84 homens. Do total, 40 vítimas são menores de idade.
Até a manhã desta quinta, 191 corpos já haviam sido identificados. Destes, 181 já foram liberados do IML e entregues à funerária. Entre os dez que faltam serem sepultados, dois corpos foram liberados e aguardam a retirada pela funerária e 8 ainda aguardam familiares para preenchimento do documento de óbito.
Essa já é considerada a maior tragédia da história de Petrópolis. A cidade já tinha sido atingida por temporais semelhantes nos anos de 1988 e 2011.