O iPad, prancheta eletrônica da Apple, foi lançado no dia 3 de abril, nos Estados Unidos, e já provocou uma corrida entre empresas de produtos eletrônicos para atrair a atenção dos consumidores. Uma pesquisa do instituto americano In-Stat calcula que em 2014 o mundo terá 50 milhões de tablets vendidos.
Na verdade, isso começou muito antes. Em janeiro, Las Vegas, nos Estados Unidos, sediou a CES (Feira Eletrônica de Consumo, em português), o maior evento de tecnologia do mundo, que teve as pranchetas eletrônicas e as TVs 3D como maiores destaques.
A HP, a Dell e a Sony são algumas das companhias que devem lançar até o final do ano equipamentos com a missão de oferecer algo além do que o iPad já tem, como a praticamente imbatível variedade de aplicativos ? são mais de 150 mil ao todo ? e explorar os pontos fracos da novidade apresentada pela Apple. O tablet não tem entrada USB, que permite a conexão rápida com outros aparelhos ou pen drive, não consegue carregar sites animados que usam o formato Flash, muito usado em sites, e não tem câmera.
Até mesmo o Kindle, leitor de livros digitais da Amazon, entrou na briga. O fato do iPad permitir a leitura de livros digitais deve forçar uma adaptação de dispositivos como o Kindle para que deixem de ser apenas leitores e passem a oferecer outro tipo de conteúdo multimídia, como jogos.
Prova disso é a compra pela Amazon da Touchco, em fevereiro. Trata-se de uma fabricante de telas coloridas ultrafinas. O negócio foi suficiente para indicar uma provável remodelação do Kindle, que no futuro próximo pode ter tela sensível ao toque e colorida. Oficialmente, a dona do Kindle disse que até dezembro seu sucesso de vendas ganhará uma loja de aplicativos.
No mundo dos leitores eletrônicos, é provável que a Sony inove com um aparelho em que funcionem os jogos do PlayStation. A base para a construção dessa novidade é o seu leitor de livros digitais, o Reader, que funciona com o sistema operacional Android, do Google, e tem três tamanhos de telas diferentes.
A Dell afirmou que seu modelo de tablet, um aparelho de cinco polegadas, vai ter funções de smartphone, diferentemente do iPad, e deverá ser lançado em parceria com uma operadora celular, no máximo, em seis meses.
Enquanto isso, a HP, maior fabricante de computadores pessoais do mundo, também lançará um dispositivo no formato de prancheta eletrônica neste ano. O produto tem mais ou menos o mesmo tamanho do iPad e será compatível com o sistema operacional Windows 7, da Microsoft, que também tem sua carta na manga, com o nome de Courier. Ele se parece mais com um jornal digital, tem duas telas - que imitam um livro - com acionamento pelo toque ou por meio de uma caneta eletrônica e parece reconhecer a escrita da mão do usuário.