O coordenador estadual do Procon, Nivaldo Ribeiro, reuniu-se ontem com representantes dos sindicatos dos revendedores e dos empregados entregadores de gás de cozinha e outros órgãos para discutir formas de combate à venda e transporte clandestino do produto. O Corpo de Bombeiros, a Agência Nacional do Petróleo, Strans e a Delegacia especializada no combate a crimes tributários também participaram da reunião.
Hoje, existem em Teresina 250 revendedoras de gás cadastradas que desenvolvem a atividade dentro do que determina a lei. O problema maior é no transporte até as casas dos consumidores, que estaria sendo feito em veículos inadequados e sem nenhuma preocupação com a segurança. “Muitas dessas pessoas são reincidentes. Já foram flagradas pela polícia realizando a entrega irregular, mas sem uma atuação mais forte das autoridades, isso não será combatido”, destacou o presidente do Sindicato dos Revendedores de GLP do Piauí, Carlos Wellington Ferreira.
Além disso, há ainda a venda clandestina por revendas que não possuem nenhum tipo de registro. Muitas atuam em locais fechados e até em cômodos pequenos de residências, o que expõe a risco quem está por perto. “O Corpo de Bombeiros, nesses locais, não pode atuar. E também não há depósitos apropriados para destinação de botijões apreendidos. Portanto, é um problema complexo que precisa ser discutido de forma mais aprofundada”, enfatizou o major José Veloso, do Corpo de Bombeiros.
No final da reunião, o Ministério Público, por meio do PROCON/PI, decidiu criar uma força-tarefa para combater a irregularidade que, no fim das contas, prejudica o consumidor. “Além de não ter a quem reclamar, é comum denúncias de que os botijões não estão sendo vendidos com o peso correto. A dona de casa deve ficar atenta a isso e nos comunicar esse tipo de situação”, disse o promotor de Justiça, Nivaldo Ribeiro.