Resgate de avião encontrado no Pará depende de perícia no local achado

Mau tempo atrasou chegada de técnicos do Seripa ao local do acidente

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O resgate do bimotor Beechcraft Baron, que caiu a cerca de 20km de Jacareacanga, no oeste do Pará, será realizado somente nesta quinta (24) após o local da queda ser periciado por técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa). De acordo com o chefe da operação de resgate, Major Tito, do Corpo de Bombeiros de Itaituba, o mau tempo atrasou a chegada dos técnicos do Seripa à região. "A ideia era começar a operação hoje (dia 23), mas no local do acidente as condições climáticas não estavam favoráveis", disse o Major.

A aeronave, desaparecida desde o dia 18 de março com cinto pessoas a bordo, foi localizada na noite de terça-feira (22) em uma área de difícil acesso. De acordo com amigos e familiares dos passageiros, não há sobreviventes, mas a Força Aérea Brasileira (FAB) ainda não confirmou informações a respeito das vítimas.

"Hoje eu sobrevoei o local, é uma área de mata muito fechada nas proximidades do ramal do Jaburu. A aeronave caiu em uma depressão muito grande, praticamente um buraco, em uma inclinação de 60º. Tão logo haja liberação do local por parte do seripa, faremos o procedimento para ter acesso às vítimas", relatou o Major, destacando que a operação terá o apoio da FAB, no transporte dos equipamentos de resgate ao local do acidente.

A pedido da Polícia Civil, peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Santarém estão seguindo para Jacareacanga. "Com certeza vai um perito para laboratório que é pra posteriores exames de DNA e coleta, tudo vai ser realizado no nosso núcleo avançado de Itaituba", informou a gerente regional do IML em Santarém, Stael Rejane.

Acidente

O bimotor saiu de Itaituba às 11h40 do dia 18 de março, e fez o último contato com a torre cerca de uma hora e vinte minutos após a decolagem. Ao todo, cinco pessoas estavam no avião: o piloto Luiz Feltrin, as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, e o motorista Ari Lima. Segundo a técnica de enfermagem Rayline Campos, que conseguiu mandar um SMS para o tio antes do avião desaparecer, a aeronave havia apresentado pane nos motores.

Segundo a FAB, a missão de resgate durou 35 dias e envolveu 50 militares. A FAB contabilizou mais de 230 horas de voo e a área coberta ultrapassou a 28 mil km² sobrevoados, equivalente a cinco vezes o território do Distrito Federal, utilizando um helicóptero H-60 Black Hawk, aeronaves P-95 Bandeirante Patrulha e SC-105 Amazonas, além da aeronave de patrulha P-3 AM. O mau tempo na região, especialmente a formação de nevoeiros, a cheia no Rio Tapajós e a vegetação dificultaram os trabalhos.

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