Quando falamos em violência dentro de um relacionamento, quase todo mundo associa à violência física em relações amorosas, mas há outro tipo, quase invisível, mais difícil de ser identificado, e que pode afetar não só os casais, mas também os amigos, familiares e as relações corporativas. Trata-se do relacionamento abusivo.
Embora esse termo tenha ganhado visibilidade nos últimos anos, o assunto ainda provoca muitas dúvidas e algumas pessoas não sabem como identificá-lo e como sair de tal relação.
Afinal, o que se configura um ato abusivo? Uma relação tóxica, em linhas gerais, é aquela em que predomina o poder excessivo de um sobre o outro, a partir de ações, atitudes e ordens verbais que humilham, constrangem e limitam.
Para a coach e palestrante motivacional Karine Barros, uma forma de combater esse tipo de comportamento e não se tornar uma vítima, é desenvolvendo a inteligência emocional. “É importante termos maturidade e conhecimento das nossas emoções. Com isso conseguimos nos distanciar para ter um panorama real da situação que estamos vivendo, pois o controle das emoções permite que as pessoas, mesmo em uma situação negativa, saiba parar, analisar e ter controle de si mesma e, assim, ter maior discernimento sobre o que está ao seu redor”, afirma Karine.
Para Karine, quando uma pessoa se conhece, só aceita verdadeiramente o que vale a pena e não aquilo que apenas supre as suas carências afetivas. “Isso é autoconhecimento, é ter conhecimento da sua força, da sua personalidade, da sua capacidade e do seu merecimento. É preciso ter sempre em mente que todo relacionamento deve ser baseado na confiança mútua, no companheirismo, na amizade e na cumplicidade”, diz.
Quando alguém está em um relacionamento abusivo, muitas vezes não consegue ter uma visão completa da relação. Por esse motivo, Karine Barros orienta a tirar um tempo para refletir. “Faça da comunicação o elemento principal e essencial do seu relacionamento. Tire um tempo para conversar, faça um momento de desabafo, tire toda a negatividade de dentro de você e busque ajuda quando precisar. Busque a inteligência emocional para auxiliá-la não somente hoje, mas ao longo da sua vida”, finaliza.