O governador Wellington Dias destacou, nessa segunda-feira (1º), o impacto importante da reforma na Previdência estadual para manter atualizados a folha de pagamento de servidores e outros compromissos financeiros do Estado. As mudanças na legislação devem trazer uma economia de R$ 1,1 bilhão em 2020, reduzindo para R$ 500 milhões o déficit na previdência. Com o regramento antigo, o prejuízo acumulado este ano era estimado em R$ 1,6 bilhão.
Pela análise do chefe do Executivo piauiense, a aprovação de dois projetos relacionados à Previdência, em tramitação no Congresso Nacional, podem acabar com o déficit previdenciário no Piauí.
“Com a securitização da dívida e o fundo imobiliário, o Piauí ficaria com superávit na Previdência. Já parou para pensar o que é sair de um déficit de R$ 1,6 bilhão, que corresponde a 14% da receita corrente líquida, para déficit zero?” salientou Wellington.
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A declaração foi durante o primeiro painel do 32º Fórum Nacional, que tratou da Previdência e crise financeira estadual. O evento, realizado por videoconferência e transmitido para todo o Brasil, abordou a delicada situação dos estados no cenário de crescimento de custos por força da pandemia, queda de arrecadação e os recuos nos investimentos públicos.
PPPs
Wellington compartilhou as iniciativas que vêm sendo adotadas no Piauí para estimular a economia e atração de novos empreendimentos. Um dos exemplos foram as Parcerias Público-Privadas (PPPs) firmadas em diversas áreas, que passam à iniciativa privada demandas de serviços e administração de equipamentos públicos, tirando custo do poder público e aumentando a eficiência do atendimento ao cidadão.
“No meu estado, temos uma carteira de R$ 7,4 bilhões, além de R$ 2,5 bi em setores com grande possibilidade de contratação. Na área relacionada a comunicações modernas, estamos caminhando no Piauí com uma PPP para expansão de fibra ótica, que permite teleconferências como essa ou ‘lives’, para os 224 municípios, com internet de alta qualidade” pontuou Dias.
Investimentos públicos
Pela expectativa do governador, o Piauí deve registrar queda de 7% no PIB este ano. Ele analisa que o fator determinante para a recuperação será a capacidade de integração de esforços no setor público (Município, Estado e União) com o setor privado.
“Há necessidade de uma forte injeção de recursos públicos para poder animar o setor privado. É preciso perceber que há um ambiente encorajador, que faça circular dinheiro na economia, além do que se coloca para proteger pessoas” avaliou Wellington.
O presidente do Fórum Nacional, economista e ex-secretário de assuntos econômicos do Ministério do Planejamento, Raul Velloso, compartilha da mesma opinião. “Os investimentos públicos, numa certa medida, e os investimentos privados terão de aparecer para que a taxa de crescimento do PIB venha também, não só pelas vantagens de emprego, como principalmente para a relação entre a dívida e o PIB evoluir satisfatoriamente” declarou Velloso.
Participaram também da videoconferência, Leonardo Rolim, presidente do INSS, e José Afonso Bicalho, consultor financeiro e ex-secretário da Fazenda de Minas Gerais.
Com informações do Portal do Governo do Piauí