Chega ao fim a rebelião no Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho (Compajaf) após mais de 26 horas de motim. Alguns detentos já sentenciados foram transferidos para outras unidades prisionais de Sergipe no início da tarde deste domingo (18). Os quatro agentes que estavam reféns foram libertados, um deles foi solto no fim da manhã e os demais por volta das 13h.
?Prefiro não informar quantos foram transferidos nem para onde eles vão por questões de segurança. Todos os agentes reféns foram soltos, dois deles com ferimentos leves. Os familiares também foram liberados e nós estamos fazendo uma triagem, conferindo a documentação deles para que eles possam ir para as suas casas?, afirma o comandante-geral da Polícia Militar de Sergipe, coronel Maurício Iunes. A transferência dos presos foi uma exigência dos rebelados, que também reivindicam melhores condições de tratamento e menos regras para a entrada das visitas.
Segundo Iunes, a rebelião começou 11h de sábado (17) e chegou ao fim por volta de 13h30 deste domingo (18). ?Após a triagem dos familiares, os policiais vão entrar para fazer uma varredura no presídio e a contagem dos presos?, informa.
No total, 126 familiares entre crianças, mulheres e idosos, que estavam no Compajaf para visitação no sábado, só puderam deixar a unidade no fim da rebelião. ?Os familiares não são considerados reféns apesar terem sido impedidos de sair porque muitos podem ter ficado para proteger os parentes presos?, explica Iunes.
Entenda o caso
Os agentes da Fundação Reviver foram rendidos no final do horário para a entrada da visitação no sábado, no momento em que um deles fechava a Ala D. No tumulto, os presos mataram um cão utilizado para a revista do presídio.
?Essa rebelião foi mais ordeira e tranquila que a realizada em 2012, que também durou 26 horas. Desta vez conseguimos controlar a situação antes que ela se estendesse para as outras alas. Somente a estrutura da Ala D foi danificada e 106 detentos se rebelaram?, destaca o comandante-geral da PM.
O Compajaf fica no bairro Santa Maria em Aracaju e é considerado de segurança máxima. No presídio existem cerca de 450 presos sentenciados por vários crimes como homicídios, latrocínios, estupros, roubos e estelionato.