Mediante iniciativa do desembargador José James Gomes Pereira, coordenador estadual da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica, o juiz auxiliar da Presidência do TJ-PI, Antonio Oliveira; a representante da comissão da Mulher Advogada da OAB-PI, Karla Oliveira; o secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu; a delegada Eugênia Villa e as servidoras Cibelle Holanda e Ísis Moura participaram de um sensibilização com 22 pastores de igrejas batistas de diversos bairros de Teresina.
O juiz Antonio Oliveira expôs os objetivos da campanha “Justiça Pela Paz em Casa”, no combate à violência doméstica e chamou a atenção para o ciclo de violência que os casos desencadeiam dentro dos núcleos familiares.
“Quando estado ergue uma politica de combate à violência doméstica, ele não está protegendo apenas a mulher”, explicou o magistrado. “A família também é diretamente atingida quando ocorrem casos dessa natureza. O juizado da Violência Contra a Mulher não está protegendo somente a mulher, mas o resto da família, onde a violência reverbera. Um lar desestruturado vai gerar diversas mazelas”, explicou.
A delegada Eugênia Villa descreveu sua experiência dentro das delegacias, com o testemunho pessoal de casos. A delegada chamou a atenção para o fato de que as mulheres casadas também são estupradas por seus parceiros, o chamado “estupro marital”.
“Pela nossa pesquisa a mulher agredida é casada ou tem relação estável com pessoas da confiança dela”, enfatizou a delegada. “Isso nos faz ver que essas mulheres estão sendo agredidas de surpresa. Diante desse prognóstico, desenvolvemos o aplicativo ‘Salve Maria’, que funciona como um GPS, indicando com precisão o local onde está ocorrendo a violência” explicou.
O secretario Fábio Abreu falou sobre as medidas adotadas pela segurança estadual para coibir os casos de violência doméstica. Abreu também destacou a necessidade dos membros da Igreja Batista saberem diagnosticar e reconhecer casos dessa espécie não apenas no âmbito de suas igrejas mas também nas comunidades em que suas igrejas estejam inseridas. Já a advogada Karla Oliveira, representando a OAB-PI, discorreu sobre o histórico da Lei Maria da Penha e destacou a necessidade de conhecer e saber distinguir os diferentes tipos de violência às quais a mulher é submetida além do tipo física.