O marceneiro Fl?vio J?nior Biass registrou um Boletim de Ocorr?ncia de estelionato na Delegacia de Joa?aba, na ter?a-feira (4), contra o patr?o. No documento, ele ? acusado pelo rapaz de ter fugido com o bilhete premiado do concurso 898 da Mega-Sena.
A fam?lia do jovem tamb?m protocolou um pedido de liminar para bloqueio das contas na Caixa Econ?mica Federal onde o pr?mio foi depositado. A decis?o do juiz deve sair nesta quarta-feira (5).
O pr?mio, sorteado s?bado (1?), estava acumulado em R$ 55,5 milh?es e saiu para duas apostas, uma de Rond?nia e a outra de Santa Catarina. O valor do pr?mio depositado na Caixa em Joa?aba ? de mais de R$ 27 milh?es.
O delegado M?rio Wolsart, titular da delegacia da cidade, disse que a advogada de Biass est? tentando fazer um acordo para solucionar o caso. "Eles est?o tentando resolver esse problema na esfera c?vel. Para come?armos a investigar o caso, precisamos de uma representa??o da v?tima, que ainda n?o tomou essa provid?ncia."
Mesmo sem investigar o caso, o delegado afirmou que j? tem informa?es sobre o suspeito de ter ficado com o bilhete premiado. "Sabemos que ele n?o est? mais em Santa Catarina."
Fam?lia
A preocupa??o da fam?lia de Biass ? que o homem que resgatou o pr?mio transfira o dinheiro para contas na It?lia, onde o irm?o dele tem uma empresa.
Um familiar de Fl?vio Biass contou ao G1 que o jovem teria dado R$ 1,50 e escolhido os n?meros -de acordo com os n?meros de seu celular- para que o patr?o fizesse a aposta. Informalmente, teriam combinado de repartir o dinheiro se os n?meros fossem sorteados. "Realmente, h? coincid?ncias entre os n?meros sorteados na Mega-Sena com os da linha telef?nica do rapaz", disse o delegado.
Na manh? de domingo (2), o patr?o teria ido ? casa do rapaz para comemorar e confirmou ao pai do jovem que os n?meros escolhidos por Biass tinham sido sorteados. Segundo o parente de Biass, v?rias testemunhas ouviram o homem afirmar que eles ganharam o pr?mio.
No entanto, na segunda-feira (3) de manh?, quando a fam?lia procurou o patr?o do rapaz, ele j? teria recebido o pr?mio na Caixa Econ?mica Federal com outras quatro pessoas.
Segundo o familiar de Biass, as quatro pessoas s?o da fam?lia do patr?o. "Ningu?m faz bol?o de R$ 1,50. Foi s? um artif?cio do patr?o para dizer que tem testemunhas", disse. O G1 n?o localizou o patr?o do rapaz.
Segundo o parente, Biass, que trabalhava com o patr?o havia quatro meses e ganhava R$ 30,00 por dia, est? escondido em uma cidade do interior de Santa Catarina. "Ele recebeu amea?as veladas e est? com medo. Vai ficar escondido at? resolvermos essa situa??o", disse.
Portador do bilhete ganha o pr?mio
A assessoria de imprensa da Caixa Econ?mica Federal informou que o portador do bilhete ? considerado o propriet?rio do pr?mio. Quando mais de uma pessoa se apresenta, o banco considera que foi uma aposta solid?ria, em que existe uma rela??o de confian?a entre as pessoas.
No caso do resgate de pr?mios com bilhetes roubados, o banco afirma que n?o tem nenhuma responsabilidade e que essa ? uma quest?o que deve ser resolvida na Justi?a.