As quedas em idosos podem ser comuns, mas é considerado um grave problema, visto como uma questão de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pois as consequências atingem vários aspectos da vida do idoso, que vão desde físico, psicológico e até levar a óbito. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a cada ano, aproximadamente 30 a 40% dos idosos caem pelo menos uma vez.
Para a fisioterapeuta da DMI, Wilma Keury, se preparar para a etapa de envelhecimento é fundamental. “Eu sempre costumo dizer que o interessante é a gente educar os idosos para que se preparem para o envelhecimento, mantendo uma rotina de exercícios físicos e boa qualidade de vida para evitar esses riscos. Pois, não é só o risco de uma queda ou de uma fratura, também mexe com o sentimental do idoso, o que vai deixando ele ainda mais debilitado”, ressalta a profissional.
Wilma alerta sobre a importância das pessoas ficarem atentas ao local onde o idoso reside, visto que, os traumas vão além das quedas. “É importante observar e informar que em nossas casas existem muitos inimigos ocultos como tapetes, porcelanatos e ter atenção quando o idoso faz uso de banquinhos para alcançar os armários. Além disso, devem ter atenção redobrada aos banheiros”, reforça a especialista, que pontua, ainda, que é necessário preparar o lar para o envelhecimento.
A fisioterapeuta reforça que as quedas em idosos trazem outros pontos de atenção, pois podem indicar algum problema de saúde que resultou em acidente. “Às vezes, a queda não é o problema, mas sintoma de algo que precisa ser analisado pelo médico. A queda é comum, mas não é normal por causa da idade. Não podemos romantizar essas quedas. É importante observar o motivo que vem provocando essas quedas”, atenta Wilma.
Para a fisioterapeuta, o índice de queda nessa faixa etária da vida faz com que o idoso deixe de socializar e até praticar atividade física, por causa do medo. Por isso, um profissional da área, além de atuar no tratamento dos traumas, ajuda na prevenção e fortalecimento.
“Em idosos, treinamos a marcha e o cognitivo, pois com o passar dos anos o idoso vai perdendo o reflexo. Com isso, podemos deixá-lo preparado para o convívio interno e fora de casa e assim planejamos o tratamento adequado para que ele tenha uma boa qualidade de vida”, completa a profissional de fisioterapia.