A ruptura do cabo de aço que segurava Bruno da Silva Mendes, 32 anos, não foi o único causador da queda do alpinista, que morreu no último domingo após despencar de uma altura de 60 m quando escalava o Morro do Pão de Açúcar, na zona sul do Rio de Janeiro. A avaliação foi feita hoje pelo presidente da Federação de Montanhismo do Estado, Delson Queiroz, após vistoria no local. O corpo do alpinista será enterrado no cemitério do Grande Maruí, em Niterói, na região metropolitana.
"É importante observar que, embora tenha ocorrido o rompimento em uma dessas pontas do cabo de aço, ela (a ruptura) não levaria à queda de toda a corda, como aconteceu. A gravidade do acidente foi além do rompimento. A ruptura foi importante, mas não explica a história toda. É apenas um dos fatos. Temos que entender melhor o que aconteceu", disse ele.
O representante da federação explicou que a entidade não exerce o papel de fiscalização, mas sim o de organização para a prática do esporte. Embora tenham ocorrido outros acidentes no mesmo local, ele acredita que a fatalidade não irá interferir na prática da atividade esportiva.
"Acredito que não tenha muito impacto. As pessoas vão continuar escalando. Houve outros acidentes no local, inclusive nessa mesma via. Tanto que há mais de uma década, em um trecho inicial, foram substituídas as formas de subir, para evitar que pessoas com menos qualificação escalassem a área local", afirmou Queiroz.