O Ministério Público Federal (MPF) abriu, de janeiro a outubro deste ano, 5.113 inquéritos policiais envolvendo corrupção, peculato, tráfico de influência e nepotismo. Para apurar atos de improbidade administrativa foram 5.537 inquéritos policiais e inquéritos civis públicos, além de 2.085 procedimentos administrativos. Os números foram divulgados na sexta-feira pelo MPF, que reafirmou compromisso de combater a corrupção em todo o Brasil e evitar que verbas da União sejam desviadas de áreas essenciais, como saúde, educação e transporte.
O objetivo dos procuradores é punir os responsáveis na área criminal e pedir a devolução dos recursos públicos desviados. Em 2012, mais de 5 mil inquéritos foram abertos envolvendo corrupção, peculato, tráfico de influência e nepotismo, além de quase 2 mil que dizem respeito a improbidade administrativa.
O relatório do MPF destaca no Piauí o inquérito do desvio de recursos para a compra de medicamentos pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), em um desvio de cerca de R$ 6,8 milhões.
No Estado, o Ministério Público Federal conduziu investigação que desarticulou uma organização criminosa acusada de irregularidades no fornecimento de medicamentos adquiridos pela Secretaria Estadual de Saúde com recursos da União. A fiscalização revelou divergências entre os preços contratados, por meio de licitação, e aqueles efetivamente praticados pelas fornecedoras, resultando em sobrepreço, no período de janeiro a agosto de 2010, bem como a realização de pagamentos indevidos no valor de R$ 6,8 milhões.
A investigação culminou com a operação da Polícia Federal, denominada Gangrena, deflagrada no dia 26 de novembro. O procurador da República Carlos Wagner Barbosa Guimarães, que conduziu toda a investigação, aguarda o relatório da PF para adotar as providências pertinentes.
O MPF abriu l69 inquéritos policiais no Piauí neste ano. No ano passado, o Ministério Público Federal tinha aberto 87 inquéritos policiais e em 2010 46 inquéritos policiais.