A Vigilância Sanitária deve, a partir do próximo mês, passar a exigir em 10 hospitais públicos no Piauí o uso de pulseiras para identificar os pacientes em hospitais públicos e privados. A identificação através da pulseira é para que haja maior controle de informações dos pacientes, possibilitando maior segurança, rapidez no atendimento e até evitar possíveis erros médicos.
De acordo com Tatiana Chaves, diretora de Vigilância Sanitária, os Núcleos de Segurança do Paciente, que têm a finalidade de identificar e gerenciar os riscos nos hospitais, implantará as pulseiras de identificação para facilitar o acompanhamento de cada paciente.
“Segundo dados da OMS, a cada 10 pacientes, um passa por erro médico. E os Núcleos de Segurança do Paciente vêm para eliminar qualquer erro médico que venha acontecer, durante o processo de trabalho. Primeiramente, vamos por em prática, o cuidado na identificação dos pacientes nos hospitais, através de uma pulseira de identificação, que será implantado em todos os hospitais regionais, sendo eles públicos e particulares”, explica.
Na pulseira deve conter o nome do paciente, data de nascimento, o número do documento pessoal (CPF ou RG), o setor que está no hospital e o nome do responsável. Para Tatiana Chaves, os erros médicos acontecem por causa da deficiência organizacional no sistema de atendimento.
“Seria uma checagem dupla, conferir ao aplicar um medicamento, principalmente, para aqueles que não podem responder por si no momento, evitando, assim, a troca de medicamento. Houve erro de profissionais que, em vez de administrar soro, administrou vaselina, porque a embalagem do soro é similar ao da vaselina. A culpa é de quem?
Do profissional? Não. A culpa é da organização do sistema, que merece ser melhorado”, destaca.
As pulseiras devem ser implantadas durante o mês de junho, inicialmente, em 10 hospitais localizados nos municípios do Piauí: Corrente, Bom Jesus, São Raimundo Nonato, Floriano, Picos, Piripiri, Oeiras, Campo Maior, Parnaíba e Uruçuí. Será escolhida uma das unidades de saúde para ser acompanhada pela Vigilância Sanitária. Em Teresina, a iniciativa já é observada em alguns hospitais, mas passará a ser obrigatória até o final do ano.