Após reunião com parte da bancada do PSL no Congresso, o presidente nacional do partido, deputado federal eleito Luciano Bivar (PE), anunciou nesta quinta-feira (3) oficialmente o lançamento da pré-candidatura do senador eleito Major Olimpio (SP) à Presidência do Senado.
Para a pré-candidatura virar candidatura de fato precisa ser registrada na Secretaria-Geral da Mesa, o que geralmente ocorre na véspera ou no dia da eleição.
“Hoje, na nossa reunião, o partido entendeu que o Major Olimpio é o nosso candidato ao Senado Federal”, disse Bivar.
Olimpio afirmou que foi convidado formalmente por Bivar durante a posse do presidente da República, Jair Bolsonaro, na terça-feira (1º), e que tinha ficado de “amadurecer” a ideia.
O senador eleito disse que, a princípio, a ideia do PSL era integrar uma união de partidos em torno de um candidato de outra legenda. No entanto, segundo Major Olímpio, o PSL decidiu lançar uma candidatura própria.
“Até então, todos sabem que a minha articulação pelo PSL junto aos senadores era justamente na busca da união de candidaturas pré-colocadas, principalmente as candidaturas do Davi Alcolumbre [DEM-AP], do Tasso Jereissati [PSDB-CE], do Alvaro Dias [PODE-PR], do Esperidião Amin [PP-SC]. E, agora, com essa missão do partido, eu me coloco como mais uma dessas opções, prosseguindo nesse processo de agregação e de fortalecimento para termos uma candidatura sólida com chance de vitória para a Presidência do Senado”, disse o senador eleito.
Olimpio afirmou ainda que vai buscar apoio de outros partidos ao seu nome em prol da "governabilidade", a fim de aprovar as medidas propostas pelo novo governo, especialmente na área econômica.
Ele acredita que até o dia da eleição, em 1º de fevereiro, haverá um afunilamento no número de candidatos em torno de um nome de consenso. "Esse é o esforço [que faremos]. Tentamos construir governabilidade para o projeto do governo Bolsonaro dentro do Senado", disse.
Para Olimpio, o objetivo é conquistar o número suficiente de senadores para garantir a votação de emendas constitucionais, como a Reforma da Previdência, que precisa do aval de pelo menos 49 dos 81 parlamentares.
Ele admitiu que o nome do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que também tem articulado a sua entrada na disputa, contando com a simpatia inclusive de senadores da oposição, tem "força significativa".
"Hoje, notadamente no meu entendimento, ele é o candidato mais forte colocado, mas tudo isso tem uma evolução. Temos 28 dias pela frente para construir uma candidatura com bastante solidez. O processo em relação à minha candidatura começa com a definição do partido", afirmou Olimpio.
Dos quatro senadores eleitos pelo PSL e que tomarão posse em fevereiro, além de Major Olimpio, estava presente à reunião apenas Soraya Thronicke (MS). Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente da República, e a Juíza Selma Arruda (MT) não compareceram.