O promotor de Justi?a Wagner Juarez Grossi, 42 anos, foi autuado por homic?dio culposo depois de atropelar e matar tr?s pessoas da mesma fam?lia, na noite desse domingo, na rodovia Elyeser Montenegro Magalh?es (SP-463), em Ara?atuba, a 545 km de S?o Paulo. Segundo a Pol?cia Civil e testemunhas, o promotor estava alcoolizado, teve de ser retirado do local para n?o ser linchado, mas n?o p?de ser preso em flagrante por pertencer ao Minist?rio P?blico.
O acidente ocorreu depois que o promotor, que trafegava com uma caminhonete Ranger, invadiu a contram?o e bateu de frente numa motocicleta ocupada por tr?s pessoas. A moto era conduzida por Alessandro da Silva Santos, 27 anos, e na garupa estavam sua mulher, Alessandra Alves, de 26 anos, e O filho do casal, Adriel Rian Alves, 7 anos.
O motociclista ainda tentou desviar, mas n?o evitou a colis?o, no acostamento. A moto foi arrastada por mais de 30 metros. O casal e o filho morreram no local.
Moradores do jardim Verde Parque, um bairro residencial onde o acidente ocorreu, tentaram linchar o promotor, que teve de ser protegido pela PM e por testemunhas, como o zelador Ed?lson Vieira dos Santos. Segundo ele, o promotor estava com uma latinha de cerveja na m?o e visivelmente embriagado. "Ele nem sabia que tinha passado por cima da moto", disse outra testemunha que n?o quis ser identificada.
Levado ao plant?o policial, o promotor se negou a doar sangue para o exame de dosagem alco?lica. Por isso, o delegado plantonista Paulo de Tarso de Almeida Prado convocou um m?dico, que realizou exame cl?nico e constatou o estado de embriaguez.
Grossi, ent?o, foi enquadrado no artigo 302 par?grafo ?nico combinado com inciso 5? do C?digo de Transito Brasileiro, que determina a pris?o do motorista que causa morte no tr?nsito e pune o motorista pego dirigindo alcoolizado.
No entanto, o promotor n?o foi preso, acabou liberado na madrugada desta segunda-feira. O delegado Nelson Barbosa Filho, da Seccional de Ara?atuba, disse que a pris?o n?o foi poss?vel porque a Lei Org?nica do Minist?rio P?blico diz que a pris?o de promotores s? ? poss?vel quando o crime n?o foi inafian??vel, o que n?o era o caso. Mesmo assim, segundo ele, o promotor responder? por homic?dio culposo na Procuradoria-Geral de Justi?a do Estado.
O promotor n?o foi localizado no f?rum nem na sua casa na manh? de hoje. No f?rum, a informa??o ? de que o Minist?rio P?blico vai se manifestar sobre o assunto agora ? tarde.