Nesta sábado (21), O Ministério Público do estado de Goiás pediu a internação por 45 dias do adolescente que abriu fogo dentro de sua sala de aula, matando dois jovens de 13 anos e ferindo outros quatro. O promotor de Justiça Cássio Sousa Lima ouviu o adolescente, que continua detido na delegacia que cuida de atos infracionais em Goiânia.
De acordo com o promotor, o jovem demonstrou arrependimento, sem manifestar desespero ou algum comportamento do tipo. O pedido de internação provisória foi encaminhado à Vara de Infância e pode ser decidido ainda nesta semana.
Por ser um adolescente filho de policiais militares, o promotor pediu que a Justiça providencie medidas de segurança ao jovem, de forma que fique isolado de outros adolescentes infratores. É um tratamento que se busca quando policiais estão envolvidos.
A punição máxima é uma internação por três anos, para cumprimento de medida socioeducativa. Esta medida Ainda será decidida no curso do processo. O promotor deu detalhes do que ouviu no depoimento do adolescente.
"Ele demonstrou arrependimento. E que pegou a arma, por causa do bullying, e saiu atirando. Mas ele está tranquilo", disse o promotor.
O representante do MP disse ainda que a arma de fogo, uma pistola .40 de uso da mãe, estava "bem escondida" em casa. O revólver estava trancado em um cômodo e acabou sendo descoberto pelo adolescente, de acordo com o promotor. A princípio, o promotor não crê na responsabilidade dos pais do garoto pelo crime.
"Ele vasculhou a casa até encontrar. A princípio, não acredito em omissão dos pais. Mas, caso o MP e a Justiça verifiquem a culpa dos pais, eles ppderão ser processados", disse.