Os deputados federais adiaram para o ano que vem a votação da polêmica proposta conhecida como Escola sem Partido (PL 7180/14 e outros). Por falta de quórum e da agenda apertada de fim de ano, o presidente da comissão especial que trata da matéria, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), decidiu não vai mais convocar reuniões do colegiado antes do início do recesso parlamentar.
Com a decisão, caberá à nova bancada da Câmara dos Deputados, que toma posse em 1º de fevereiro de 2019, analisar novamente o assunto. Entre outros itens, o projeto proíbe que professores e educadores manifestem posicionamentos ideológicos e discutam questões de gênero com os estudantes.
O adiamento fez com que deputados contrários à medida comemorassem na sala das comissões. “Conseguimos impedir que este projeto fosse aprovado nesta comissão. Isso significa que, no ano que vem, vamos partir do zero”, disse Erika Kokay (PT/DF), uma das opositoras da proposta.
“É preciso que tenhamos uma clareza muito grande, porque teremos que disputar as narrativas. No ano que vem, temos certeza que voltarão com a escola amordaçada. Precisamos continuar com essa mágica de transformar minorias em maioria. Mordaça nunca”, acrescentou Erika Kokay.