“Esse ano o governo estadual disponibilizou chips de internet para todos os alunos, mas quando não é possível acessar a internet em casa, podemos ir até a escola e utilizar a rede wifi do Piauí Conectado”. O relato da estudante Ana Beatriz Meneses de Almeida, que cursa o 2° ano do ensino médio no Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Maria Modestina Bezerra, no bairro Novo Horizonte, em Teresina, mostra que apesar das dificuldades, a adaptação ao modelo remoto de ensino-aprendizagem vem revelando um novo campo de possibilidades para pais, alunos e professores.
Por causa da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), escolas suspenderam as aulas presenciais e passaram a buscar formas alternativas de manter o processo de ensino-aprendizagem durante a quarentena: usam principalmente aplicativos e plataformas on-line. Nesse sentido, o projeto Piauí Conectado tem sido determinante no acesso de qualidade à internet trazendo benefícios para os alunos da rede pública de ensino, melhorando a prestação do serviço com sistemas mais eficientes e eficazes através da internet de fibra óptica.
De acordo com a estudante de 15 anos, que sonha cursar Engenharia Civil, mesmo durante a pandemia manteve uma rotina de estudo bem definida, acordando no mesmo horário que ia para escola, pela manhã, para estudar e fazer atividades e assistindo as aulas remotas à tarde. Ana Beatriz ressalta ainda que quando precisa ir até a escola são adotadas todas as medidas higiênico-sanitárias para evitar a infecção pela Covid-19.
“Sempre entramos de máscara, mantendo o distanciamento necessário para evitar a transmissão do vírus, na escola tem tapetes sanitizantes, álcool em gel pelos corredores e na entrada”, acrescentou.
Diversas escolas precisaram se adaptar a esse período de pandemia e adotaram as aulas on-line como novo padrão. Clarisse Maria Veloso, diretora do Ceti Modestina Bezerra, afirma que a escola utiliza a internet do Piauí Conectado desde 2019. No início de 2020, o Centro foi contemplado com o sinal wifi, que facilitou muito a rotina de aulas remotas durante a pandemia.
“Como alguns alunos relataram não ter internet para acompanhar as aulas e a escola possuía internet de qualidade, vimos que poderíamos colocar os alunos com distanciamento pelos corredores e pátio da escola para que, assim, o aluno pudesse acompanhar as aulas. Quando o aluno não possui nem Internet nem computador, a escola disponibiliza o laboratório de informática. No laboratório, por ser um ambiente fechado, sempre é feito um agendamento para evitar aglomerações e sempre utilizando os protocolos sanitários”, destacou a diretora.
Ação amplia acesso a aulas on-line
“É muito bom para os alunos estudarem de qualquer lugar”, disse a mãe do estudante Luís Ricardo, 17, que foi até o Ceti Helvídio Nunes, zona norte de Teresina, para receber o chip com dados para que o filho possa assistir às aulas de qualquer lugar utilizando o celular. Essa ação é parte do PRO Educação, que tem conectado os estudantes ao conhecimento por meio de aulas do Canal Educação.
A escola teve um grande desafio durante o ano de 2020 com a pandemia, mas realizou um intenso trabalho com professores e a gestão escolar. O ano letivo da rede estadual já foi iniciado e as escolas estão realizando aulas remotas, como orienta o protocolo do Comitê de Operações Emergenciais (COE). Para isso, foi feita a distribuição gratuita de chips para os estudantes.
“Nesse período de pandemia, eles tiveram que estudar em casa e muitos dos nossos alunos não têm acesso à internet. Então, a distribuição dos chips tem sido muito importante para facilitar os estudos, disse a diretora do Ceti Helvídio Nunes, Auristela Torres.
O chip beneficia alunos como o Marcos Mateus, 19, que está prestes a finalizar o terceiro ano do ensino médio. Ele diz que “em casa, às vezes, é difícil ter acesso à internet, mas a escola tem ajudado muito com atividades e, agora, com o chip, vamos poder acessar às aulas de qualquer lugar”.
Mais de 140 mil chips com internet são distribuídos
O Governo do Estado do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), distribuiu mais de 140 mil chips aos estudantes da rede pública estadual. A ação tem o objetivo de garantir que os alunos matriculados na rede estadual de ensino tenham acesso à internet diante do cenário de pandemia e de aulas remotas.
Os chips Claro adquiridos possuem tecnologia 4G e pacote de dados de 20 giga mensais, para que os alunos tenham acesso aos conteúdos educacionais disponibilizados pela Seduc em plataformas digitais de videoaulas, Canal Educação, Pré-Eenem Seduc, bem como o aplicativo iSEDUC Aluno, onde são disponibilizadas as produzidas pelos professores.