A escultora Andr?ia Vieira, que criou os corpos nus que estariam representados no carro aleg?rico Holocausto da escola de samba Viradouro, admitiu que, dificilmente, a sua obra ser? mostrada no carnaval. Ela declarou estar frustrada e triste com a decis?o da Justi?a do Rio que, a pedido da Federa??o Israelista fluminense, concedeu liminar suspendendo exibi??o da alegoria no desfile das escolas do grupo especial.
Andr?ia teve uma conversa informal com o carnavalesco Paulo Barros sobre a decis?o judicial. Ela concluiu que, por ora, s? h? duas sa?das:ou a transforma??o da alegoria em outra tema ou a simples retirada do carro.
?O Paulo Barros ainda n?o decidiu o que vai fazer. Ele est? reunido com advogados para ver o que pode ser feito. Ou v?o transformar em alguma outra coisa ou v?o retirar o carro do desfile, j? que o regulamento permite. A? n?s vamos ficar com sete carros. O m?nimo ? cinco, ent?o, estaria tudo bem?, explicou Andr?a.
?? muito dinheiro gasto, muita m?o de obra, um grande preju?zo?, comenta desolada.
No barrac?o da escola, na Cidade do Samba, o diretor da bateria, mestre Ci?a, espera angustiado o resultado do impasse. ?Chegar aos 44 minutos do segundo tempo com essa liminar ? uma frustra??o imensa. A palavra final ? do presidente. ? ele quem vai decidir o que a Viradouro vai fazer?, diz Ci?a.