Atualmente, apenas o hospital do Parque Piauí, na zona Sul de Teresina, e o Hospital Universitário da UFPI (através de um anexo) são os únicos que oferecem atendimento relativo ao Programa de Controle do Tabagismo em Teresina. No entanto, a supervisão do programa já trabalha no sentido de levar as atividades de combate ao fumo a mais quatro pontos na cidade.
Segundo supervisora do Programa no Piauí, Célia Oliveira, o hospital do Mocambinho (que já é referência no tratamento de pacientes com problemas de álcool e drogas), o do Poti Velho e o da Polícia Militar (HPM) devem ser os próximos a oferecer o programa de combate ao fumo. Além disso, o centro de saúde Lineu Araújo também está na lista. Para participar, os hospitais devem adequar-se à política do chamado ?ambiente livre de fumo?, e formar as equipes que atuam no processo de auxílio aos pacientes.
A informação foi repassada durante o treinamento de abordagem intensiva e tratamento do tabagismo, que começou a ser oferecido pela Secretaria Estadual de Saúde ontem (29) no auditório do Hemopi. O treinamento contempla diversos profissionais, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos de todo o Piauí, que participam de várias atividades desenvolvidas por técnicos e especialistas através de palestras, aulas dinâmicas e elaborações de tarefas específicas de combate ao fumo. O treinamento, que marca a semana do Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08), encerra-se hoje.
A campanha deste ano, organizada no Estado pela Coordenação de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso e a Supervisão Estadual do Programa de Controle do Tabagismo traz o tema: ?Fumar: faz mal para você, faz mal para o planeta?. ?Este treinamento é uma forma de comemorar esta data mostrando aos nossos servidores da Sesapi e do Piauí que a cada dia é preciso se reciclar a ponto de receber novos aprendizados na técnica de abordagem aos dependentes do tabaco?, destaca Célia Oliveira, supervisora. Célia afirmou que, além da expansão em Teresina, é necessário buscar a evolução do programa também no interior, já que 70% dos municípios já receberam o treinamento, mas apenas 10 cidades oferecem efetivamente os tratamentos preconizados pelo programa, havendo a necessidade de retreinamento de equipes em diversas localidades.
O envio de medicamentos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) depende de uma série de planilhas que devem ser encaminhadas pelos municípios, ponto que, segundo Célia, deverá ser modernizado pelo Instituto. Será criado um sistema informatizado, através do qual os municípios mandarão os dados diretamente ao Inca, sem precisar encaminhar antes para a supervisão estadual.