A greve dos docentes da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), que perdura por mais de um mês, vai se fortalecer nos próximos dias. Isso porque, em assembleia realizada na manhã de ontem (16), no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi), a categoria decidiu se unificar mais ainda e ampliar o movimento grevista.
A reestruturação da carreira, melhoria das condições de trabalho e o reajuste salarial são as principais pautas de reivindicação dos professores. O professor e diretor de relações sindicais da Adufpi, Alexis Leite, conta que os docentes fizeram uma avaliação da atual conjuntura da paralisação e chegaram ao consenso de que o movimento deve ganhar força.
“Pensávamos que o movimento paredista seria finalizado, mas estamos nos encaminhando para uma greve geral com o trabalhadores do Brasil inteiro”, disse Alexis.
Conforme o representante da Adufpi, no início da greve, os docentes pediram aumento salarial de 27,23%, no entanto o percentual foi reduzido ao nível da inflação.
A última proposta oferecida pelo governo federal foi o aumento do salário de 10,8% parcelado em dois anos e o reajuste de alguns subsídios da classe. A proposição não agradou a categoria da Ufpi.
“Acertamos na assembleia promover atos na Avenida Frei Serafim, encaminhar carta aos parlamentares federais solicitando apoio e enviar representantes da nossa entidade para participar das reuniões do comando nacional da greve”, acrescentou o professor Alexis Leite.
Mesmo em greve, alguns professores continuam ministrando aulas na Ufpi. A Associação dos Docentes afirma que reconhece os contratempos ocasionado pelo movimento paredistas, mas que as aulas que estão deixando de ser realizadas serão remarcadas.