Por: André Pessoa
Com lançamento previsto para o mês de dezembro, Rupestre é um documentário que mesmo antes da sua estréia já agita o mundo científico. O filme traz descobertas inéditas e análises científicas de três especialistas, mas o grande destaque mesmo são três homens sertanejos, simples mateiros, analisando os grafismos milenares com a sua perspectiva de vida.
Tudo isso registrado e sonorizado por um trio de irmãos que utilizam a mais alta tecnologia disponível no mercado num dos últimos lugares selvagens do planeta.
O documentário está sendo gravado na zona de entorno dos parques nacionais da Serra da Capivara e da Serra das Confusões e no Corredor Ecológico que liga as duas unidades de conservação, um lugar ainda inexplorado pela ciência.
Durante as expedições para filmagem os produtores descobriram com a ajuda dos moradores locais novos sítios arqueológicos com pinturas rupestres belíssimas. A descoberta da Toca do Pinga do Cangula foi um marco. Os cineastas acharam um sítio com magníficas é bem conservadas pinturas rupestres com pigmentos amarelo. Uma pérola para a arqueologia.
Documentário vai revelar gravuras rupestres escondidas no sertão
Uma das figuras encontradas parece representar a imagem de um veado-galheiro, espécie já extinta na Caatinga do semiárido nordestino. Resultado, provavelmente das mudanças climáticas. Milênios atrás o Rio Piauí era caudaloso e com vários afluentes, o que permitia a vida de veados e capivaras, por exemplo.
Com as mudanças climáticas a paisagem da região se transformou e os animais que dependia da água foram extintos. Restaram seus testemunhos milenares nas grutas escondidas no sertão do Piauí.
O documentário Rupestre tem lançamento previsto na cidade de São Raimundo Nonato, na região do semiárido do Nordeste brasileiro e foi gravado exclusivamente com câmaras e lentes LEICA acopladas em smartphones computadorizados, tendo como direção Geral: André Pessoa, direção de Fotografia: Augusto Pessoa e direção musical: Arthur Pessoa.