É tempo de comprar carro importado no Brasil. O câmbio está favorável e as condições de crédito para compra desse tipo de produto nunca foram tão boas. Com isso, modelos lançados aqui em sintonia com os mercados mais desenvolvidos têm encantado nossos consumidores, ainda mais que as montadoras instaladas aqui não se arriscam a produzir nada parecido no país. Resultado: modelos como Honda CR-V, Chevrolet Captiva e Volvo XC60 têm vendido muito bem.
Já outra lista compartilha a mesma popularidade, porém, com um problema: a demanda supera a oferta, o que vem criando longas filas de clientes esperando para enfim levar seu modelo estrangeiro para a garagem. Nem mesmo os 35% de taxas de importação sobre o valor dos veículos afasta o consumidor, que neste caso busca um automóvel diferenciado e mais moderno. Entre eles estão os coreanos ix35, Sonata e Sportage, o japonês ASX, os europeus X1 e 3008 e o canadense Edge. Como se vê, com raras exceções, falamos dos crossovers, modelos que unem o porte dos SUVs com a praticidade das minivans.
Outro fator que colaborou para o aumento do mercado de importados foi a crise financeira internacional de 2008, que forçou as fabricantes internacionais a buscarem regiões alternativas para escoar seu produtos. Houve também o aumento no volume importado de determinados carros, o que permitiu também às marcas praticar preços mais baixos.
Do momento da compra até a entrega do carro, o tempo de espera pode levar mais de quatro meses nos casos mais demorados. É preciso ter paciência, em especial para solicitações mais específicas, como uma pintura mais exclusiva ou então um tipo de acabamento diferenciado para a cabine. ?Essa espera não precisa ser interpretada como um problema, pois é como as marcas trabalham aqui no Brasil. É totalmente aceitável. Quem quiser um carro mais exclusivo tem de ter em mente que é preciso esperar mesmo, não tem milagre. Hoje estamos bem até. Antigamente os prazos de entrega podiam levar mais de 6 meses?, afirma Luiz Carlos Augusto, diretor superintendente da Jato Dynamics.