O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Piauí vai fiscalizar supermercados para apurar o aumento abusivo nos preços dos itens essenciais da cesta básica. O preço do arroz, um dos principais alimentos do prato do brasileiro, disparou.
No Piauí, assim como em vários estados do país, o saco de cinco quilos do alimento tem atingido R$ 30, sendo que o preço costumava girar em torno dos R$ 16 e R$ 22. O feijão e o óleo de soja também são alvos de reclamações e denúncias.
De acordo com o Procon estadual, as fiscalizações vão começar na próxima semana. Primeiro, serão apuradas as prateleiras dos principais supermercados de Teresina e, mais tarde, as inspeções devem chegar no interior.
O chefe de fiscalização do Procon Piauí, José Arimateia Arêia Leão, informou que vai reunir todas as reclamações que já foram encaminhadas ao órgão e reiniciar a fiscalização dos produtos da cesta básica "para verificar, nos locais, todas as situações de alta nos preços".
"Inicialmente, vamos começar pela capital [Teresina]. Nós já tínhamos feito uma planilha de preço na pandemia até o mês de junho. Então, vamos comparar as tabelas com o preço atual", expressa.
Caso os aumentos sejam considerados abusivos, o que vai contra às normas de proteção e defesa do consumidor, fiscais vão notificar os estabelecimentos, que terão um prazo de 15 dias para justificar a elevação nos preços.
Nos últimos dias, o arroz foi o item da cesta básica mais mencionado em reclamações na categoria abuso de preços, informou Arimatéia.
Este ano, desde o início da pandemia, o órgão de fiscalização do Ministério Público do Piauí já foi sido convocado para averiguar o preço em itens de higiene, produtos de limpeza e materiais de construção, também devido o comportando irregular na tabela de preços.
Jessica Ribeiro está desempregada e hoje conta com auxílio emergencial para ajudar nas finanças de casa. Para ela, a alta nos itens da cesta básica vem alterando de forma negativa o padrão de consumo da família.
"Na hora de fechar a conta, temos que deixar de comprar alguma coisa. No começo foi a farinha e o feijão, mas agora juntou também o arroz e o óleo. Já cheguei a comprar um litro de óleo por R$ 9", disse.