Prima de delegado que investiga boate Kiss, no RS, morreu no incêndio

O delegado ainda relatou o drama vivido por um colega que desmaiou ao inalar a fumaça densa proveniente do incêndio.

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O delegado Marcelo Arigony, que coordena as investigações sobre o incêndio em Santa Maria que matou mais de 230 pessoas no último domingo, se emocionou nesta terça-feira ao confidenciar a jornalistas que perdeu um familiar na tragédia da Boate Kiss. O delegado ainda relatou o drama vivido por um colega que desmaiou ao inalar a fumaça densa proveniente do incêndio.

"Eu perdi uma prima. Teve um colega nosso, que estava na casa noturna. Ele tentou sair e desmaiou próximo da porta. A sorte dele foi que puxaram ele pra fora, e ele acordou em meio aos corpos", afirmou Arigony, que concedia entrevista coletiva até ser interrompido por um grupo de manifestantes que gritou em frente à delegacia regional: "prefeitura omissa, queremos a justiça".

Em meio ao protesto, Arigony desceu da delegacia e, emocionado, assistiu à manifestação e aplaudiu o grupo, que defendeu a construção de um memorial em homenagem às vítimas e pediu a responsabilização dos culpados.

Após a manifestação em frente à delegacia, o grupo se deslocou até a prefeitura de Santa Maria, onde dirigiram críticas ao prefeito Cezar Schirmer (PMDB). Mais cedo, a prefeitura havia divulgado que o alvará de localização da boate estava em dia e só precisaria ser renovado em 2013, transferido para os bombeiros a responsabilidade do alvará de prevenção contra incêndios, vencido em agosto de 2012. "A prefeitura não é responsável. A prefeitura estava com toda a documentação regular e a fiscalização que lhe compete estava em dia", disse o secretário de governo, Giovani Manica.

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