Diferente do tradicional teste de letrinhas, check-up dos olhos, considerado obrigatório pela maioria das pessoas, a avaliação da audição normalmente é relegada a um segundo plano na lista de prioridades da saúde.
O problema é que, ao contrário da visão, em que a própria pessoa descobre que algo está errado, a deficiência auditiva geralmente só é percebida por outras pessoas. "O indivíduo vai se adaptando e não sente que está perdendo a audição", alerta o otorrinolaringologista Flávio Santos.
Para prevenir danos ao sistema de audição, é preciso tomar alguns cuidados. O otorrinolaringologista recomenda, por exemplo, bom senso no uso de aparelhos de som com fones de ouvido e na frequência a festas fechadas com músicas em volume muito alto.
Segundo ele, se muito repetitivas, essas duas situações podem causar perda irreversível de audição.
Evitar som alto em locais fechados, como dentro de casa, automóveis e salas de ginástica, também é uma atitude preventiva, acrescenta o otorrinolaringologista.
E quem já sofre de problemas auditivos precisa tomar cuidados redobrados. "É importante exames periódicos, medidas de tratamento e controle dos fatores de risco associados.
Nos casos de surdez em que há o prejuízo na comunicação, é aconselhável a adoção de aparelhos auditivos", acrescenta.
Mas, por mais que tomemos todos os cuidados necessários, o envelhecimento é implacável com a audição. A perda da capacidade auditiva com o passar do tempo se chama Presbiacusia e tem início a partir da quinta década de vida, salienta.