O grupo suspeito de planejar um atentado terrorista durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro pensava em usar armas químicas nos ataque. Segundo a Polícia Federal, o plano era contaminar uma estação de abastecimento de água. Os modelos de atentados eram discutidos por e-mail e pelo aplicativo de mensagens Telegram, em um grupo fechado chamado "Jundallah" (Soldados de Deus, em português).
A troca de mensagens entre os suspeitos estão sob poder da Polícia Federal. Ao todo, 15 pessoas foram detidas na "Operação Hashtag" entre os dias 21 de julho e 11 de agosto, no início dos Jogos Olímpicos. A conversa do grupo começou a ser monitorada em março pela PF, através de um informante infiltrado. O alerta à Polícia Federal foi dado pelo FBI.
A PF tem até o dia 9 de setembro para apresentar à Justiça Federal as análises do material apreendido com os suspeitos. O juiz do caso, Marcos Josegrei da Silva, renovou até o dia 18 a prisão temporária de 12 pessoas.
Caso algum suspeito seja indiciado e condenado, o Brasil aplicará pela primeira vez a Lei Antiterrorismo, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em março.
Ameaças
Conforme divulgado pela ANSA em julho, os suspeitos de terrorismo e outros seguidores do grupo Estado Islâmico (EI) chegaram a falar também em sequestros, envenenamentos, uso de drones e acidentes de carro como táticas para aterrorizar o Brasil durante os Jogos Olímpicos.