O Presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Erivan Lopes, o juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Luiz de Moura e demais assessores, além do secretário de Administração do Estado, Franzé Silva, estiveram na Fazenda da Paz, onde no sábado (234) presenciando na prática o resultado do Programa Ressocializar Para Não Prender, que oportuniza às pessoas que cometem crimes relacionados às drogas, mas que de menor potencial ofensivo, uma oportunidade de se ressocializarem.
Segundo Erivan Lopes, o programa, que é desenvolvido na Central de Inquéritos por meio da Audiência de Custódia, está criando uma nova história na Justiça Criminal do Piauí. Pontua o Desembargador que a Justiça Criminal terá um antes e um depois destas ações e reforça a importância da parceria com a Fazenda da Paz.
“Eu tive uma surpresa muito positiva quando cheguei aqui. Conhecia a Fazenda da Paz somente por ouvir falar, mas aqui vejo que se tem uma família. Não tinha dimensão do trabalho e da estrutura. Parabenizo a todos que se dedicam a este trabalho e ressalto a importância desta comunidade terapêutica no processo de humanização da Justiça Criminal. Já ficou provado que prender não ressocializa e o programa Ressocializar para Não Prender vem quebrar este ciclo vicioso de prender e soltar, oportunizando a quem decide entrar para o tratamento ter uma nova vida. Parabenizo o trabalho do Dr. Luís de Moura e sua equipe, que estão devolvendo às famílias seus filhos. Hoje a semente que estamos plantando vai crescer e gerar frutos. Estas pessoas que saem daqui graduados e com os certificados serão trabalhadores, chefes de famílias e serão exemplos para a sociedade que é possível errar e se recuperar. De modo especial digo a cada um aqui que não desperdicem esta nova chance na vida”, destacou o presidente.
Coordenador da Fazenda da Paz, Célio Barbosa, falou da importância da parceria com o Tribunal de Justiça. “O projeto oportunidade a pessoa corrigir seus erros e aqui nós damos esta oportunidade. Nós colocamos toda a nossa estrutura para receber as pessoas enviadas pelo Tribunal e aqui eles aprenderão a como solucionar seu problema com a dependência química. Durante um ano ele fica conosco e aprende a como superar estes desafios, para em seguida se formar, receber o certificado e retornar ao convívio em sociedade. Daqui, ele sai pronto para reconstruir sua vida e é muito importante que a sociedade o acolha”, frisou Célio Barbosa.
O acolhido Crisando Carneiro passou pela Audiência de Custódia e decidiu entrar no programa Ressocializar Para Não Prender. Para ele, uma chance de voltar à sociedade livre das drogas. “Minha vida começou mudar. Sai das drogas e estou limpo e sóbrio. Meus pais estão vindo me visitar e estão gostando. As drogas estavam me acabando e aqui estou tendo outra experiência de vida. Quando sair, vou fazer algo diferente na sociedade”, disse Crisando.