A presidente Dilma Rousseff esteve na tarde deste domingo em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde um incêndio na boate Kiss deixou pelo menos 233 mortos e 131 feridos, e imediatamente se dirigiu a um hospital para visitar alguns feridos, segundo fontes oficiais. Acompanhada de autoridades, a mandatária se emocionou ao abraçar familiares de vítimas, segundo relato do assessor do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, Guilherme Gomes.
Dilma chegou ao Brasil de Santiago do Chile, onde participava da Cúpula Celac-União Europeia, após cancelar os compromissos oficiais que ainda tinha no Chile. A governante aterrissou às 13h25 na base aérea de Santa Maria.
A presidente, que em entrevista coletiva que concedeu no Chile se mostrou abalada pela tragédia e não conteve as lágrimas, se dirigiu assim que desembarcou ao hospital de Caridade de Santa Maria, um dos que mais recebeu feridos, para conversar com as vítimas e seus parentes.
Além de Tarso Genro, Dilma chegou ao hospital acompanhada dos ministros da Saúde, Alexandre Padilha; da Educação, Aloizio Mercadante, e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que estavam com ela no Chile.
Também acompanharam a presidente na visita a secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer.
A mandatária tinha anunciado do Chile seu desejo de acompanhar os familiares das vítimas e de oferecer diretamente em Santa Maria toda a ajuda necessária. "Quem precisa de mim neste momento é o povo brasileiro. Pedi a todos os ministros ajudar em tudo que puderem e ir para lá e eu também estarei lá", assegurou a presidente pouco antes de embarcar.
O Rio Grande do Sul é o estado onde Dilma Rousseff começou nos anos 1980 sua carreira política que a levou à presidência. A presidente, além disso, passou a maior parte de sua vida em Porto Alegre, onde ainda vivem sua única filha e seu único neto.