Dilma se solidariza com vítimas de tragédia no Rio; são cinco mortos e 18 desaparecidos

Segundo auxiliares da presidente, Dilma tem mantido contato com as autoridades municipais e estaduais

Dilma disse ter | Terra
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A presidente Dilma Rousseff (PT) manifestou nesta quinta-feira sua solidariedade com as famílias de vítimas do desabamento de prédios na região central do Rio de Janeiro, ocorrido na noite de quarta-feira. "Queria me solidarizar com a população do Rio, com as famílias atingidas por essa catástrofe que foi a derrubada do edifício e depois outros dois", afirmou, em cerimônia na sede do governo do Rio Grande do Sul, o Palácio Piratini. A presidente está na capital gaúcha para participar do Fórum Social Temático.

Segundo auxiliares da presidente, Dilma tem mantido contato com as autoridades municipais e estaduais e também vem recebendo informações de funcionários da administração federal sobre o acidente, que deixou ao menos cinco mortos e 18 desaparecidos. "A população gaúcha se une a mim para se solidarizar com a população carioca. Acompanhei no dia de hoje com o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral todo o esforço do governo e do município e transmiti minhas esperanças de que sobreviventes sejam encontrados após esse esforço para resgatar os que estão soterrados", disse.

A presidente cancelou a visita que faria ao Rio nesta sexta-feira, pois o evento de inauguração da ponte que ligará a Ilha do Fundão à Linha Vermelha, do qual participaria, foi suspenso pelo governo estadual após os desabamentos. Outro compromisso seria um almoço em homenagem ao governador no Palácio das Laranjeiras, pela passagem de seu aniversário. De acordo com a assessoria de imprensa do governo estadual, os cancelamentos ocorreram em comum acordo entre o governador e a presidente.

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção anexa ao Theatro Municipal. Segundo a Defesa Civil do município, cinco pessoas morreram no acidente e outras 18 permanecem desaparecidas. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite do incidente na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

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