O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, se reuniu nesta quinta-feira (11), com empresários e firmou acordo para garantir o abastecimento de soro e dipirona para os próximos 30 dias na rede hospitalar do município.
A cidade está com o estoque baixo de soro e dipirona, e com a falta, as cirurgias eletivas e até de urgência, ficariam prejudicadas.
Em entrevista ao Jornal Agora, da Rede Meio Norte, o presidente da FMS disse que chegou a ir ao Ministério da Saúde, mas o grande problema é a falta de matéria-prima. Mas, junto a fornecedores, conseguiu um estoque de soro para os próximos 30 dias.
"Há mais ou menos três meses que a gente acompanha o planejamento de compras, e percebemos essa dificuldade. Então nós fomos ao Ministério da Saúde, tivemos reuniões em Brasília, São Paulo, Campo Grande, buscando solução. O problema é que falta matéria-prima para produzir o invólucro do soro. Os frascos de soro estão em falta, então nesse ponto ai, nem o Ministério da Saúde conseguiu resolver. Temporariamente, conseguimos adquirir um estoque junto a nossos fornecedores que juntaram esforços e conseguiram um estoque de soro para os próximos 30 dias", disse Gilberto.
Dr. Gilberto disse que, caso faltasse o soro, as cirurgias teriam que ser suspensas, inclusive as de urgência.
"Sem soro nós não temos como operar um paciente. Esperamos que nesse prazo, aí que o nosso estoque está garantido, consigamos recompor essa matéria-prima no mercado", falou.
O presidente da FMS falou ainda que, um dos responsáveis pela falta da matéria-prima é o mercado chinês, pois eles tiveram que parar o funcionamento do parque industrial devido nova onda da Covid-19 e todo o mundo consome insumos hospitalares oriundos da China.
A falta de insumos é nacional e hospitais e farmácias em todo o Brasil relatam falta de medicamentos. O Conselho Federal de Farmácias já listou mais de 40 medicamentos em falta. Entre eles, dipironas, paracetamol e amoxicilina com clavulanato, explica Gilberto Albuquerque.
"Claro, que outros insumos tendem a ter dificuldade de reposição no mercado. Nós temos, por exemplo, a Heparina em falta, nós temos a Ocitocina, nós temos outros insumos como antibióticos também que estão em falta no mercado. A vigilância sanitária nacional, ANVISA, liberou uma lista com os 20 principais medicamentos em falta, isso é o que ela liberou, existem outros que estão em dificuldades de fabricação", disse.
Em Teresina, a falta de medicamentos prejudica o atendimento de pacientes com dengue. Até mesmo nas farmácias privadas existe essa dificuldade de encontrar certos remédios.